Inauguração de moradias em aldeia deu início a reunião sobre direitos indígenas
O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Augusto Freitas de Meira, ficou retido juntamente com 13 integrantes da Funai por índios guaranis na aldeia Estiva, no km 39 da RS 040, em Viamão. Meira só foi liberado na madrugada. Os índios seguraram a comitiva para obter informações e propiciar o diálogo sobre demarcações e sobre os direitos indígenas. Mesmo após o fim do cerco, a reunião continuou.
"Nós, lideranças indígenas guaranis, reunidos na Aldeia Estiva, em Viamão, RS, vimos por este ato manifestar o nosso repúdio, indignação e inconformismo com o descaso do Estado brasileiro para com os nossos povos", disseram os índios em carta aberta.
A comitiva foi até a aldeia para inaugurar 30 moradias construídas pelo governo federal, ao custo total de R$ 830 mil. A aldeia abriga 164 índios, divididos em 32 famílias, em uma área de sete hectares.
O cacique Eloir de Oliveira disse que foi discutida a formação de uma comissão para ir a Brasília, junto ao governo e o Ministério Público Federal gestionar as questões indígenas, principalmente as demarcações. Disse também que a ideia desta reunião foi obter o compromisso do presidente da Funai de trazer garantias ao povo guarani.
Após cerca de nove horas de reunião foi deliberado que um grupo composto por dez lideranças guaranis de todo o estado irá a Brasília na próxima quinta-feira tratar de uma série de questões que envolvem: educação, agricultura, preservação da cultura indígena, saúde e, principalmente, a questão fundiária, afirmou o cacique Eloir de Oliveira. O presidente da Funai, Márcio Meira, confirmou as afirmações enfatizando que o encontro foi uma reunião de trabalho em que ninguém se sentiu pressionado e acredita que a retenção ocorreu pelo fato de ele ter sido o primeiro presidente da Funai a visitar a aldeia Estiva.
http://www.correiodopovo.com.br/Noticias/?Noticia=344237
PIB:Sul
Related Protected Areas:
- TI Estiva
As notícias publicadas neste site são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.