Gerador em aldeia indígena de MS quebra e MPF cobra solução da Sesai

G1 - http://g1.globo.com - 12/08/2013
Índios estariam bebendo água imprópria por conta do problema.
Secretaria diz que já tem equipamento novo e planeja como levá-lo.

MPF pede que Sesai resolva a falta de água em aldeia em MS.

O gerador que movimenta uma estação de tratamento em uma aldeia indígena guató em Corumbá, a 444 km de Campo Grande, está queimado, segundo o Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul (MPF-MS), prejudicando o abastecimento de água potável na comunidade. O órgão pediu à Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) que resolva o problema. Documento com a solicitação foi encaminhado no dia 5 de agosto, mas até agora não foi atendido. A Sesai alega não ter recebido.

De acordo com o MPF, uma queda de energia elétrica danificou o equipamento. O órgão não soube informar quando o problema teria ocorrido, disse apenas que, por conta do defeito, os índios têm tomado água com impurezas.

A Sesai, ainda de acordo com o Ministério Público, havia se comprometido a resolver o problema. O documento pedindo o conserto estabeleceu prazo de cinco dias, a contar do recebimento da solicitação, para que uma equipe fosse encaminhada à aldeia para providenciar os reparos.

Já a secretaria informou ao G1 que está sabendo da queima do equipamento, já providenciou um novo, que está em Campo Grande, mas ainda planeja como fará para levá-lo até a comunidade. O órgão explicou que para se chegar à aldeia é preciso uso de meio de transporte aquático e não se pode usar qualquer tipo de embarcação para levar o equipamento porque ele é pesado.

A Sesai garante que está providenciando uma maneira de resolver a questão e alega não ter recebido o documento com o pedido do MPF, que pode adotar medidas judiciais caso não tenha a solicitação atendida.


Comunidade isolada

Segundo o MPF, os índios da etnia guató que moram às margens do Rio Paraguai migraram para a periferia das cidades do Pantanal após serem expulsos de seu território, entregue a produtores para criação de fazendas de gado.

A etnia chegou a ser considerada extinta, mas em 1976, alguns integrantes dessa tribo foram localizados em Corumbá e começaram a se organizar e lutar pelo reconhecimento da etnia.

São considerados os últimos dos povos indígenas canoeiros que ocuparam as terras baixas do Pantanal. Eles vivem na ilha Ínsua, a 350 km de Corumbá, demarcada pela Fundação Nacional do Índio (Funai) em 1998.

Para chegar até a ilha, é necessário viajar de barco aproximadamente 36 horas ou sobrevoar a região de helicóptero.



http://g1.globo.com/mato-grosso-do-sul/noticia/2013/08/gerador-em-aldeia-indigena-de-ms-quebra-e-mpf-cobra-solucao-da-sesai.html
PIB:Mato Grosso do Sul

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