Povo Zo'é recebe visita da presidenta da Funai e do ministro da saúde

Funai - http://www.funai.gov.br - 28/01/2014
A visita à Terra Indígena, no município de Óbidos, no Pará, ocorreu no último dia 19 de janeiro. O objetivo da viagem era saber como estão as condições de saúde dos indígenas daquela região, onde o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, trabalhou entre os anos 1998 e 2003 pela erradicação da malária no território.

Durante o encontro, Padilha assinou portaria, fruto do Trabalho do Grupo Interministerial integrado pela Secretaria Especial de Saúde Indígena e FUNAI, instituído em fevereiro de 2013, com finalidade de elaborar diretrizes e estratégias de ações em saúde para Povos Indígenas Isolados (PII) e de Recente Contato (PIRC), bem como plano de contingência de saúde para situações de contato com povos isolados e para situações de surtos epidêmicos em grupos de recente contato.

"No final dos 90, conheci os Zo'é. A época, doenças como a malária e a pneumonia quase dizimava este povo isolado. Hoje, além de salvá-los, eles são mais numerosos e mais saudáveis. Tanto tempo depois, volto ao Zoé, junto com a presidente da Funai, como marco para transformarmos em regra nacional para índios isolados o trabalho feito aqui", disse o ministro se referindo à portaria.

Para a presidenta da Funai, Maria Augusta Assirati, essa portaria reflete o resultado do grupo de trabalho e coloca diretrizes para o atendimento dessa população, "Como somos vetores de doenças para esses povos (de recente contato), a prevenção começa ao ser delimitar quem pode entrar na terra e quais as exigências para entrar. Inclusive, serão mais rigorosos os exames médicos para a entrada de pessoas não indígenas na área. É muito gratificante chegar na Terra Indígena e ver os Zo'é saudáveis, em harmonia, e expressando plenamente seu modo de vida tradicional. Fico muito satisfeita com o trabalho que a Frente de Proteção está desenvolvendo lá. A Terra conta com uma excelente cobertura vegetal de Floresta Amazônica; está sendo bem monitorada pela Funai, por isso, não faltam recursos naturais para que os Zo´é vivam bem."

No caso especifico dos Zo´é foi assinado um convênio de R$ 50 mil por mês, com o Hospital Regional do Baixo Amazonas para qualificar e melhorar o atendimento da população indígena na região e especial atenção para os povos recém contatados.

O povo Zo'é tem, atualmente, uma população de 254 indígenas que habitam 11 aldeias. Para atender a comunidade, o Ministério instalou uma unidade de saúde dentro da aldeia com capacidade de realizar até procedimentos cirúrgicos sem a necessidade de transferir os pacientes para hospitais da rede do SUS. Nos últimos 10 anos, foi registrado um óbito de criança menor de um ano. Os Zo'é também não apresentam casos de diabetes, hipertensão, anemia ou doenças sexualmente transmissíveis.

Além da portaria, o ministro também entregou à comunidade um novo consultório odontológico, a climatização da área de atendimento médico instalada na aldeia e anunciou a aquisição de um gerador exclusivo para a unidade de saúde instalada na aldeia.

Após a visita do ministro, a equipe da Funai, coordenada pela presidenta Maria Augusta, realizou uma reunião de trabalho para tratar das ações da Fundação na região. Foram discutidos assuntos relativos à proteção territorial em face das ameaças do garimpo, a construção da "Casa de Mapas", que será um espaço voltado ao desenvolvimento de processos educativos tradicionais, e de valorização da cultura e dos saberes do Povo Zo´é.

Fizeram parte da comitiva, além do ministro da saúde, Alexandre Padilha e da presidenta da Funai, Maria Augusta Assirati, o secretário especial de saúde indígena Antônio Alves, a diretora de atenção à saúde Mariana Ferron e os servidores da Funai, Fábio Ribeiro, Coordenador da Frente de Proteção Etnoambiental do Cuminapanema e Carlos Travassos, Coordenador-Geral de Índios Isolados e Recém Contatados.



http://www.funai.gov.br/ultimas/noticias/2014/01_Jan/20140128_20.html
PIB:Amapá/Norte do Pará

Related Protected Areas:

  • TI Zo´é
  •  

    As notícias publicadas neste site são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.