O Bonde bonde.com.br - 18/01/2018
Um protesto indígena fechou a avenida Juscelino Kubitschek no final da manhã desta quinta-feira (18) em Londrina e deixou o trânsito complicado na região. A Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) foi acionada para auxiliar o congestionamento no local. O bloqueio começou por volta das 12h e se estendeu por mais de uma hora. O trânsito ficou confuso no cruzamento no qual realizavam o protesto, pois a Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) não havia sido informada sobre a realização da manifestação até ser acionada.
Cerca de 200 moradores de oito terras indígenas (Mococa, Queimadas, Apucaraninha, São Jerônimo, Barão de Antonina, Posto Velho, Laranjinha e Pinhalzinho), que ficam nas proximidades da Usina Hidrelétrica Mauá, bloquearam o cruzamento da Avenida Duque de Caxias com a Avenida Juscelino Kubitschek, na região central de Londrina, para realizar um protesto contra a quebra de um acordo firmado entre eles e o Consórcio Energético Cruzeiro do Sul.
Segundo Natalino Marcolino, cacique da Reserva do Apucaraninha, a manifestação aconteceu porque terminou o prazo para que o Consórcio Energético Cruzeiro do Sul providenciasse a aquisição e cessão aos índios de gado e o plantio de lavouras. "Os índios estão proibidos de pescar nesse rio, porque a usina abre e fecha as comportas e isso faz com que o rio encha e esvazie de uma vez. Isso se torna perigoso para quem quer pescar por lá. Já perdemos muito e queremos o retorno disso. Eles falaram que fariam o plantio de milho, feijão, e de um pomar, além de comprar gado para a gente e não fizeram nada disso. Os veículos que foram cedidos em troca da construção da usina também estão sucateados, sem manutenção. O prazo de cinco anos que foi estabelecido para que isso acontecesse não foi cumprido e venceu agora", argumentou.
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PIB:Sul
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