Ministério faz balanço da atuação das Forças Armadas na Amazônia

G1 - https://g1.globo.com - 23/09/2019
Militares e agentes combateram 571 focos de incêndio em operações terrestres e 321 com uso de aviões; 63 pessoas foram presas.

O Ministério da Defesa fez um balanço do primeiro mês da participação das Forças Armadas no combate às queimadas da região amazônica. Os militares e os agentes combateram 571 focos de incêndio em operações terrestres e 321 com uso de aviões.

Foram 20 mil metros cúbicos de madeira apreendida, 63 pessoas presas, quatro madeireiras ilegais interditadas, seis embarcações apreendidas, 15 caminhões, cinco tratores e uma escavadeira apreendidos.

No Oeste do Amazonas, foram destruídas 60 balsas de um garimpo ilegal.

"A importância vem não só da quantidade de balsas, mas do local, que é um santuário, um local onde vive a maior comunidade de índios isolados do mundo, que é no Vale do Javali", disse Thiago Ferreira, chefe da repressão a crimes contra o meio ambiente da Polícia Federal.

O representante do Instituto Chico Mendes disse que a maioria das queimadas tem origem criminosa.

"99% do fogo é de origem humana. Aí nós temos que separar um pouco. Tem aquelas que são passíveis de autorização e aquelas que não são passíveis de autorização. Muitos dos incêndios que a gente combate são criminosos", afirmou Christian Berlinck, coordenador de Emergências Ambientais do ICMBio.

Ao todo, foram 112 autos de infração, R$ 36 milhões em multas desde o início da operação em 24 de agosto até hoje. O Jornal Nacional apurou que, nesse período, houve uma queda de quase 60% nos autos de infração do Ibama por crimes contra a flora, na Amazônia Legal.

Os focos de queimadas caíram em setembro. A média histórica para setembro na Amazônia é de 33.426 focos, de acordo com o Inpe. Em setembro de 2018, foram 24.803. Até o dia 22 de setembro de 2019, foram 17.095.

O ministro da Defesa, Fernando Azevedo, repetiu várias vezes que a situação na Amazônia está sob controle.

"Está longe de uma Amazônia em chamas. A floresta úmida está preservada e não tem queimada. O que tem é aquele arco que o brigadeiro Botelho chama de arco de calor do fogo, ali realmente preocupa mais. Mas ainda está na média dos outros anos. Não estou dizendo que isso aí é bom. Não é bom, mas não está alarmante em relação a outros anos".

O JN entrou em contato com o Ibama sobre a redução no número de multas, mas não teve resposta.






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