Indígenas denunciam ação de madeireiros em área onde Paulino Guajajara foi morto no MA

G1 - https://g1.globo.com - 16/11/2019
Quinze dias após a morte de Paulino Guajajara, indígenas alegam que madeireiros continuam agindo na área e ameaçando as comunidades na Terra Indígena Araribóia, no Maranhão.

Índios da Terra Indígena Araribóia, no município de Amarante do Maranhão, localizado a 683 km de São Luís, denunciam que madeireiros continuam agindo na área e ameaçando as comunidades indígenas. A região é a mesma onde o líder indígena Paulo Paulino Guajajara foi morto no último dia 1o de novembro.

De acordo com o índio Flay Guajajara, um caminhão carregado com madeira, que havia sido retirada do território indígena, foi encontrado na reserva. Por se tratar de uma área federal, a fiscalização da região é feita pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Fundação Nacional do Índio (Funai) e a Polícia Federal.

O G1 procurou a Polícia Federal e a Funai e até a publicação desta reportagem, não havia recebido um posicionamento.

A ação dos madeireiros na região voltou a ser registrada 15 dias após a morte do líder indígena Paulo Paulino Guajajara e do madeireiro Márcio Greykue Moreira Pereira, no dia 1o de novembro, durante uma emboscada na Terra Indígena Araribóia. De acordo com a Funai, os autores do crime já foram identificados, mas os nomes não foram revelados, uma vez que a investigação segue sob siglo.

Na emboscada, o índio Laércio Guajajara também foi ferido a tiros. Por conta do clima tenso na região, outras três lideranças indígenas foram retiradas do local com seus familiares e colocados sob proteção policial em endereços sigilosos.


No Maranhão, 20 índios de diferentes etnias estão sob proteção no Programa Estadual de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos (PPDDH), o qual Paulo Paulino Guajajara estava inserido. O programa é coordenado pela Secretaria Maranhense de Direitos Humanos (SMDH).

De 2016 a 2019, 13 indígenas foram mortos em decorrência do conflito com madeireiros no Maranhão, segundo a SMDH. Em nenhum dos casos os criminosos foram punidos.




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PIB:Goiás/Maranhão/Tocantins

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