Marco Antônio, de Rondônia, conta como realiza seu trabalho de transportar urnas eletrônicas até uma comunidade distante
19/07/2022 05:00 - Atualizado em 11/08/2022 13:42
Aos 60 anos e com uma longa carreira no serviço público, como técnico em agropecuária e gestor ambiental, Marco Antônio de Oliveira ainda tem a importante missão de levar urnas eletrônicas até a Terra Indígena Rio Branco, sempre que há eleições.
Assista a entrevista no canal do TSE.
O morador do município de Alta Floresta D'Oeste (RO) contribui com a Justiça Eleitoral há 34 anos, já tendo passado pelas funções de mesário, chefe de cartório eleitoral e, atualmente, de monitor da seção eleitoral, onde coordena combustível, energia elétrica e outros fatores importantes para que as eleições ocorram de forma segura na comunidade.
De acordo com Marco Antônio, esse serviço acontece, especialmente devido à dificuldade que essa parcela da população encontra ao se locomover e ao estabelecer contatos sociais. "Isso é muito importante, tanto para minha experiência, quanto para a minha vida. Com tudo isso, a gente vai se aprofundando cada vez mais na democratização, nessa união entre os povos", explica.
O monitor da seção eleitoral revela, ainda, como é feito esse transporte de equipamentos para uma região a 200 km de distância de Alta Floresta D'Oeste, com dois barcos (um com alimentação e outro com a equipe e com as urnas). "Quando nos deslocamos daqui para lá, vamos, geralmente, um dia antes pelo risco da viagem. Também, para organizar tudo certinho". Segundo ele, atualmente a comunicação entre os envolvidos é muito melhor, devido ao acesso à internet. "No início, era mais raiz", lembra.
Prazer em trabalhar
Marco Antônio fala que, durante o caminho, as urnas são muito bem armazenadas e muito bem cuidadas. "A gente pode até perder o alimento, deixar a comida ir embora, mas cuidamos bem da urna, porque é a nossa ferramenta de trabalho. Elas fazem parte de uma conexão entre a comunidade e com o poder público. Então, é um prazer imenso realizar esse trabalho", ressalta.
Série Mesários - A JE mora ao lado
Essa história faz parte da série Mesários - a Justiça Eleitoral mora ao lado. Os textos estão sendo publicados a partir de fevereiro, mês em que a Justiça Eleitoral comemora 90 anos. A ideia é mostrar que a atuação para garantir o processo democrático por meio das eleições só é possível graças às mesárias e aos mesários que participam ativamente do processo eleitoral em todo o país.
AL/CM
https://www.tse.jus.br/comunicacao/noticias/2022/Julho/a-je-mora-ao-lado-conheca-o-trabalho-de-quem-leva-cidadania-a-terras-indigenas
PIB:Rondônia
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