O indígena Tadeo Kulina, 33 anos, foi espancado até a morte com golpes na cabeça em Manaus. Ele morreu com traumatismo craniano.
A morte de Tadeo Kulina é cercada de mistérios. As autoridades do Amazonas, segundo apurou o site Metrópoles, não repassam informações o crime, alegando sigilo da investigação.
O Ministério Público Federal (MPF) informou que o Ministério Público do Estado (MPE) foi designado para investigar o caso. Até o final da tarde de quinta-feira, 29, entretanto - mais de 20 dias após o crime -, não havia nenhum procedimento instaurado.
Tadeo saiu de sua aldeia na região de Envira, para acompanhar o parto de sua mulher, Corima Kulina, submetida a parto de risco na maternidade Ana Braga.
Segundo o site Metrópoles, enquanto Corima e o bebê se recuperavam do parto na maternidade Ana Braga, em Manaus, Tadeo desapareceu na cidade e foi espancado até a morte com golpes na cabeça. Ele morreu no Hospital Estadual João Lúcio como indigente e só foi identificado no IML oito dias depois.
Segundo o boletim de ocorrência, Tadeo chegou ao hospital "escoltado" por policiais. O documento não identifica os policiais nem explica o motivo do indígena da etnia Madiha Kulina ter sido encaminhado para a unidade de saúde por policiais e não por uma equipe médica.
Tadeo morreu no começo da madrugada de 7 de fevereiro, um dia antes de completar 34 anos, e só teve a identidade reconhecida no IML em 15 de fevereiro. A ocorrência com poucos detalhes só foi escrita em 16 de fevereiro, assim como o pedido para realizar exames periciais no cadáver.
A Frente Amazônia de Mobilização em Defesa dos Direitos Indígenas (FAMDDI) denunciou que, mesmo sendo indígenas de recente contato e que não conheciam Manaus, a família ficou sozinha na maternidade.
https://fatoamazonico.com.br/indigena-da-etnia-kulina-e-espancado-ate-a-morte-em-manaus-cercado-de-misterio-o-crime-ganhou-sigilo-de-investigacao/
PIB:Juruá/Jutaí/Purus
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- TI Kulina do Médio Juruá
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