Ações federais garantem proteção, cidadania e preservação na maior terra indígena do país

Agência GOV - https://agenciagov.ebc.com.br/ - 20/01/2025
Ações federais garantem proteção, cidadania e preservação na maior terra indígena do país
Operação completa dois anos. Governo Federal atua para garantir a proteção e preservação do território. São ações nas áreas de segurança, saúde, direitos humanos, assistência social e proteção do meio ambiente

Há dois anos, imagens de crianças e adultos Yanomami com desnutrição, malária e pneumonia chocaram o país e repercutiram em todo o mundo. O descaso com os indígenas estava intimamente ligado ao garimpo ilegal na região. Em 2023, o Governo Federal recém-empossado declarou Emergência Sanitária e deu início a uma grande operação para expulsar invasores da terra indígena.

Localizado na região leste de Roraima, na fronteira do Brasil com a Venezuela, o território Yanomami tem cerca de 9,6 milhões de hectares e abriga cerca de 27 mil indígenas, vivendo em 390 comunidades. Essa é a maior terra indígena do Brasil. Em dois anos de operação, o Governo Federal distribuiu mais de 144 mil cestas de alimentos e liberou R$ 1,7 bilhão em créditos extraordinários.

No ano passado, o trabalho foi reforçado com a instalação da casa permanente do governo em na capital do estado, Boa Vista. No local, mais de 30 órgãos federais passaram a trabalhar juntos na coordenação das ações de reparo do Território Yanomami.

Na área da saúde, o número de profissionais de saúde trabalhando na Terra Indígena Yanomami saltou de 690, em 2023, para 1.759, no final de 2024. Nesse período, foram reabertos 7 Polos de Saúde que estavam desativados, fazendo com que o total de unidades chegasse a 37. Outras 6 Unidades Básicas de Saúde Indígena foram construídas, totalizando 77 estabelecimentos de saúde em operação no território. Entre 2023 e 2024, mais de 45 mil doses de vacinas foram aplicadas e a realização de exames de malária cresceu 73%. Houve uma redução de 68% dos óbitos por desnutrição no primeiro semestre de 2024 comparado a 2023.

"São dois anos de Emergência Sanitária. É uma emergência diferente. Não é uma epidemia, uma doença nova. Foi uma desassistência, um abandono. O povo Yanomami estava abandonado. A nutrição foi fundamental, o trabalho de (combate à) malária foi fundamental, mas o mais importante de tudo vai ser a união para de fato juntos superarmos esse momento", disse a ministra da Saúde, Nísia Trindade
Para 2025, estão previstas a inauguração de duas unidades de saúde que vão oferecer atendimento de média e alta complexidade voltadas aos Yanomami. Previsto para ser entregue em agosto, o Centro de Referência de Surucucu vai beneficiar 10 mil indígenas em 60 comunidades. Já para este primeiro semestre, está prevista a conclusão da Unidade de Retaguarda Hospitalar aos Povos Indígenas, em Boa Vista, que vai contar com 75 leitos exclusivos de indígenas.

"É um trabalho contínuo e a gente tem acompanhado muito de perto a atuação da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena), que está muito comprometida. Nós conseguimos colocar lá no Dsei (Distrito Sanitário Especial Indígena um coordenador indígena, de dento do Território Yanomami. Isso facilita muito mais ainda a própria relação e todo o acompanhamento mais permanente, de acordo com o que ele já vive, já conhece e sabe da necessidade ali", explicou a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara
Apreensões
Dados do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia mostram que a quantidade de terra Yanomami explorada ilegalmente em 2024 caiu de 4.570 hectares para 313 hectares. As diversas forças do governo realizaram ano passado 3.536 ações de combate ao garimpo, tanto dentro quanto fora do território Yanomami.

Só no ano passado, foram apreendidos mais de 129 mil litros de combustível, 420 acampamentos foram inutilizados, 26 aeronaves e 103 embarcações foram apreendidas e destruídas. As ações também resultaram na apreensão de 91 armas de fogo, 33 quilos e 800 gramas de ouro, 226 quilos de mercúrio, usado para a mineração do ouro, e 133 toneladas de cassiterita, mineral muito usado na produção de plásticos, tintas e fungicidas, com prejuízo direto de R$ 300 milhões aos infratores.

https://agenciagov.ebc.com.br/noticias/202501/acoes-federais-garantem-protecao-cidadania-e-preservacao-na-maior-terra-indigena-do-pais
PIB:Roraima/Mata

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