HOME PAGE FUNAI - 23/06/2006
O presidente da Funai, Mércio Pereira Gomes, em despacho assinado na última quinta-feira (22/06), aprovou os estudos de identificação da Terra Indígena Ponte de Pedra, habitada pelos índios da etnia Paresi, situada nos municípios de Nova Maringá, Diamantino e Capo Novo dos Pareci (MT). A recuperação da área, com 17 mil hectares, devolve aos
índios um local sagrado, que ocupa lugar central na sua cosmologia e é referência mítica da sua origem. Os Paresi se autodenominam Haliti - gente, povo- e a notícia mais remota que se tem deles data de 1553, quando o soldado português Antonio Rodrigues descreveu uma viagem que fez ao Maranhão e ao Amazonas. O contato, no entanto, foi feito há
cerca de 300 anos, quando das primeiras incursões e invasões em seu território tradicional. Data dessa mesma época o início da redução progressiva de seu território tradicional, que deixou aos índios apenas 2/3 do território originário. Apesar da redução de seu território tradicional, com a ocupação da região pela monocultura mecanizada, e da conseqüente diminuição da flora e da fauna local, a caça ainda é uma atividade vital para os Paresi e constitui-se em uma das principais fontes de proteínas. Ainda assim, a Terra Indígena Ponte de Pedra é uma importante reserva de vegetação original, em uma região desmatada por grandes fazendas. Como fonte de renda, os cerca de 1.450 Paresi de Ponte de Pedra têm, além da agricultura e da comercialização de alguns produtos excedentes, os recursos oriundos da exploração do ecoturismo a partir da utilização de grutas e cachoeiras dos rios que cortam as suas terras.
Índios:Terras/Demarcação
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- TI Ponte de Pedra
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