O oficial titular do Cartório de Registro de Imóveis de Boa Vista, Nerli de Faria Albernaz, disse que para transferir as terras da União para o Estado exigiu que o Iteraima excluísse as glebas pertencentes ao Ibama, Funai, e Exército.
"Não sou louco de transferir áreas sem ter sido feita a exclusão e às áreas que estão em litígio não serão expedidos títulos definitivos", disse ao se referir à maloca do Anaro, localizada na região do Amajari.
Albernaz mostrou à Folha todos ofícios enviados ao Iteraima pelo Ibama, Funai e Exército, apresentando o memorial descritivo das glebas remanescentes excluídas que pertencem a cada órgão.
"Se o Iteraima fez um novo memorial descritivo, a lógica é que ele excluiria essas áreas", disse, ao informar que o levantamento do Incra não foi preciso porque ele já tem as matrículas no cartório.
O ofício da Funai enumera 24 áreas, sendo elas a Raposa/Serra do Sol, Ouro, Serra da Moça e Truaru, Ponta da Serra, Juracy e Urucui, Jacamim, Santa Inês, Raimundão, Pium, Sucuba, Barata e Livramento, Mangueira, Anta, Boqueirão, Truaru, Malacacheta, Muriru, Jaboti, Canauanim, Manoá e Pium, Bom Jesus, Moskow, Tabalascada, Aningal, Araçá e Cajueiro.
O Ibama também apresentou todas as reservas e parques naturais que são de sua responsabilidade. No ofício encaminhado pelo Exército constam 23 áreas ocupadas no Estado.
Veja na tabela abaixo a quantidade de áreas primitivas e as que serão transferidas no cartório de imóveis de Boa Vista após resolver o impasse:
PIB:Roraima/Lavrado
Related Protected Areas: