Começou ontem e vai até o próximo dia 25, quinta-feira, o seminário de apresentação dos projetos elaborados por 34 alunos de 11 etnias indígenas participantes do curso de extensão "Formação de Gestores Indígenas do Corredor Central da Amazônia", realizado no auditório Rio javari, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).
Os temas dos projetos passam pela área de educação, preservação, transporte e fiscalização de lagos e florestas. O seminário, segundo a coordenadora, professora Deise Lucy Montardo, da Ufam, é o quinto e último módulo do curso do qual participaram alunos indígenas de onze etnias, vindos das regiões do Alto e Médio Solimões, e Médio e Baixo Rio Negro.
O curso teve a duração de 14 meses e com este seminário, os organizadores querem apresentar e discutir publicamente os projetos elaborados pelos alunos, bem como apresentá-los a órgãos e instituições que apoiem e/ou possam financiá-los. Realizado em parceria entre Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Centro Indígena de Estudos e Pesquisas (Cinep), Ministério do Meio Ambiente por meio do Projeto Demonstrativo dos Povos Indígenas (PDPI), Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e Universidade do Estado do Amazonas (UEA), o seminário contou com a participação de representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai), PDPI e Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, entre outros.
Temática
Na sessão temática realizada na tarde de ontem, o tema dos projetos analisados foram os de fiscalização das terras indígenas e gestão territorial. Segundo Deise, os projetos tratam de questões e problemas enfrentados no dia a dia das comunidades. Entre os projetos elaborados estava o de Adriano da Silva Arantes, da etnia kambeba, propondo a fiscalização e vigilância da terra indígena Estrela da Paz, no município de Jutaí (a 750 quilômetros de Manaus).
Outro, de Osvaldo Mendes, da etnia tikuna, propõe o mesmo controle para a terra indígena de Umariaçu, no município de Tabatinga (a 1.105 quilômetros), enquanto Helena Lito Amaro, pensa na preservação dos quatro lagos da comunidade de Paranapara 1, em São Paulo de Olivença (a 988 quilômetros), ao propor projeto neste sentido para aquela área.
http://www.acritica.com.br/content/not-detail_busca.asp?materia_id=157984&ed=3073&dt=23/03/2010
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