Os índios Terenas resolveram liberar, ontem à noite, por volta das 23h30, a BR-163, entre Itaúba (600 km de Cuiabá) e Nova Santa Helena. Eles aceitaram negociar com o coordenador da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Colíder, Sebastião Martins,para implantar a Funai em Matupá.
Uma longa reunião intermediada pela procuradora da República, Analicia Ortega, definiu que a pista fica livre até as 16h de hoje, tempo que a Funai de Colíder terá para redigir o documento de compromisso com os Terenas. Os índios argumentam que uma unidade em Matupá encurtaria o caminho para eles serem atendidos. Atualmente eles precisam se deslocar cerca de 250 quilômetros para ir à Funai de Colíder.
Por três dias, a pista ficou bloqueada e só foi liberada durante três horas, na terça-feira, para passagem de caminhões que carregavam alimentos perecíveis. Depois voltou a ser bloqueada e só passavam ambulâncias.
Ontem à tarde o clima ficou tenso entre carreteiros e os cerca de 100 Terenas que estavam no local. Os caminhoneiros ameaçaram furar o bloqueio. Houve um princípio de confusão e a Polícia Rodoviária Federal (PRF), com apoio da Polícia Civil, precisou intervir.
O manifesto indígena causou transtornos nos dois municípios, inclusive com a falta de vagas em hotéis. Muitos motoristas de automóveis tiveram que dormir de ontem para hoje no ginásio esportivo de Itaúba, porque não conseguiram hospedagem. Os carreteiros que viajam no sentido Norte, impedidos pela PRF de se aproximarem da barreira, estavam se aglomerando em Itaúba, bem como viajantes, representantes comerciais e famílias em automóveis.
Além de hoteis, lanchonetes e restaurantes também ficaram lotados e na maioria não havia refeições para todos. Os postos de combustíveis que atendem caminhoneiros estavam com o pátio cheio e havia filas para os carreteiros tomarem banho. Nas rodoviárias das duas cidades, dezenas de ônibus ficaram estacionados, esperando a decisão dos Terenas de liberar o trânsito na rodovia federal.
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PIB:Sudeste do Pará
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