Ibama multa em R$ 15 milhões responsáveis por extração ilegal de madeira em terra indígena de Roraima

G1 https://g1.globo.com/ - 16/06/2018
O Ibama identificou e multou em R$ 15,5 milhões os responsáveis pela extração ilegal de 7.387 toras da Terra Indígena (TI) Pirititi, no Sul de Roraima. A madeira foi a maior apreensão registrada no estado, segundo o órgão, e daria para carregar mil caminhões.

Foram multadas duas madeireiras e dois proprietários rurais, informou nessa sexta-feira (15) o Ibama.

O órgão emitiu oito autos de infração pelos 15,6 mil metros cúbicos de árvores derrubadas. A extração ilegal danificou 1.372 hectares de floresta nativa da Amazônia.

Com 40 mil hectares, a Terra Indígena Pirititi abriga índios isolados, segundo o Ibama. Além disso, o Instituto informou que uma portaria da Fundação Nacional do Índio (Funai) impede o acesso à TI sem autorização da Coordenação-Geral de Índios Isolados e Recém Contatados.

Fiscalização reforçada

Após a apreensão, a fiscalização na região foi reforçada com agentes ambientais de outros estados, que receberam apoio do Exército e da Companhia Independente de Policiamento Ambiental (CIPA) de Roraima.

A operação resultou na identificação de outros focos de desmatamento ilegal nos municípios de Rorainópolis e Caracaraí, ambos no Sul do estado.

O volume de maçaranduba, cupiúba, angelim ferro e angelim pedra extraído na região é estimado em 19 mil m³, totalizando 34,6 mil m³ no estado, de acordo com o Ibama.

Cinco madeireiras e quinze pessoas foram autuadas nesta segunda fase. A multas estipulada a eles somam R$ 13,5 milhões. As toras extraídas ilegalmente seriam usadas para abastecer serrarias em Rorainópolis, informou o Ibama.

"As árvores cortadas tinham destino certo. A investigação apontou quem são os criminosos responsáveis pela destruição do patrimônio natural dos índios", afirmou o coordenador de Operações de Fiscalização, Roberto Cabral.

Segundo ele, a operação, comandada pela Diretoria de Proteção Ambiental, será intensificada até que se verifique a regularidade de todas as madeireiras do estado.

O Ibama definiu com o Ministério Público Federal (MPF) a destinação da madeira, que pode ser levada a leilão judicial.




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