A Fundação Nacional do Índio (FUNAI), está num "fogo cruzado". Enquanto índios da baixada cuiabana cobram a permanência do órgão em Cuiabá, indígenas da região noroeste do estado reivindicam a transferência da unidade para Juina (735 km de capital), o que foi divulgado no Diário Oficial da União (DOU), e posteriormente revogado. Índios de oito etnias se mobilizam através de reuniões e aguardam decisões de Brasília.
Uma das medidas cogitadas seria o bloqueio da MT-170 (Juina a Cuiabá), para chamar atenção das autoridades, porém descartada.
"No momento essa idéia foi desconsiderada, estamos negociando direto com Brasília, mas sabemos que nem tudo é possível segurar", disse Paulo Henrique Skiripi, da etnia Rikibaktsa.
O modelo atual de administração do órgão tem mais de 30 anos, e era adaptado na época para atender de forma centralizada cidades de grande porte, enquanto as demarcações na verdade são no interior.
Na região vivem mais de 6 mil índios, e a implantação do escritório regional do órgão seria mais conveniente em razão dessa população.
"A Assistência da FUNAI aqui é muito importante devido os problemas que há na região", destacou Antonio Carlos de Aquino, chefe do Núcleo em Juina.
Os povos das etnias: Umutina, Bakairi, Guató, Terena, Chiqitano, Bororo, Pareci e Munduruku, que predominam na baixada cuiabana são atendidos por três Núcleos de Apoio, localizados em Colíder, Primavera do Leste e Tangará da Serra, enquanto o Núcleo de Juina é responsável pelos grupos: Apiacá, Kaiabi, Rikbaktsa, EnaWene-Nawe, Cinta Larga, Myky, Arara além dos índios isolados (recentemente descobertos), do Rio Pardo (Colniza).
A questão teve repercussão nacional e desperta a atenção da Organização das Nações Unidas (ONU), de acordo com informações de um documento distribuído na capital, a ONU teria recebido denúncias contra o atual presidente da Funai Márcio Meira.
PIB:Oeste do Mato Grosso
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