Dos 10,6 mil hectares da Fazenda Barba Negra, em Barra do Ribeiro, 2,4 mil hectares de vegetação nativa serão transformados em Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) pela Celulose Riograndense, atual proprietária. A área ficou conhecida dos gaúchos em 8 de março de 2006, quando 2 mil camponeses ligados à Via Campesina invadiram e destruíram o horto florestal que, na época, pertencia à Aracruz Celulose. Quatro anos depois, o espaço poderá ser utilizado pela população, de forma controlada, já que o plano de manejo indicará atividades de educação ambiental, visitação pública, ecoturismo e recreação, além de prioridades de pesquisa e reintrodução de espécies de animais e plantas.
Segundo o presidente da Celulose Riograndense, Walter Lidio Nunes, com a RPPN, serão intensificados estudos do bioma. "É uma área emblemática, pois é uma ponta da Mata Atlântica que entra no rio Guaíba e na lagoa dos Patos." Na reserva, estão o Morro da Formiga, dunas e matas. Além da conservação, outra importância destacada por Nunes é o exemplo para que outras empresas façam o mesmo.
A Celulose Riograndense possui 78 mil hectares de áreas de preservação e, conforme Nunes, a empresa estuda transformar outros locais em RPPN. "Nem todas são um bioma interessante como a Barba Negra." Estão em avaliação extensões no Pampa e butiazais.
Além das áreas de preservação, a Celulose Riograndense possui 126 mil hectares plantados. Para 2010, está mantido o plano de expandir a área comercial em 13 mil hectares. As mudas já estão prontas e o trabalho deve começar nos próximos dias, em terras da companhia. No entanto, Nunes não descarta a possibilidade de avaliar parcerias.
A Barba Negra será a primeira RPPN instituída por uma empresa no Rio Grande do Sul após decreto do governo estadual que regulamenta este tipo de área. A cerimônia de assinatura do termo de compromisso será amanhã, na Fazenda Barba Negra, e deve contar com a presença da governadora Yeda Crusius.
PIB:Sul
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