Antes da chegada dos colonizadores e da formação das metrópoles eles ocupavam grande parte das terras brasileiras. Hoje os índios se resumem a grupos em aldeias e inevitavelmente sofreram a influência do progresso. Precisam ganhar dinheiro para comprar comida, medicamentos e roupas, e em alguns casos dominam as ferramentas da internet, assim como os telefones celulares.
No Rio Grande do Sul vivem os Caingangue, Guarani e Guarani Mbya, em 37 terras indígenas que, somadas, equivalem à 102,6 mil hectares, segundo a Funai. Dessas áreas, 17 são homologadas pela Presidência e registradas como patrimônio da União e quatro têm Portaria Declaratória emitida pelo Ministério da Justiça. As demais ainda estão em etapas de estudo.
Existe hoje uma discussão para a criação de um sistema próprio de educação escolar indígena. Os benefícios do governo aos índios são variados, mas em todos os casos há condicionantes, como no Bolsa Família e na Ação de Distribuição da Cesta de Alimentos.
A legislação brasileira é referência internacional no que diz respeito à proteção e promoção dos povos indígenas, principalmente na questão fundiária. A Constituição considera os indígenas capazes de decidirem sobre seu próprio futuro e o protagonismo indígena é evidente na elaboração das políticas para esse segmento na sociedade. Hoje, no Brasil, 20 indígenas eleitos por suas comunidades são titulares da Comissão Nacional de Política Indigenista, onde atuam em parceria com o governo federal na construção e aprovação de diretrizes para a política indigenista brasileira.
Se na esfera legal os povos estão amparados, na sociedade eles ainda parecem marginalizados. É isso que se observa tanto nos grandes centros como em cidades como Santa Cruz do Sul, onde eles aproveitam datas como Natal e Páscoa para venderem seu artesanato. A forma como os índios andam nas ruas é degradante e demonstra um modo de vida totalmente alheio ao da maioria das pessoas. Não é por falta de esforços do poder público que eles estão assim. Simplesmente preferem viver com seus próprios hábitos.
O exemplo mais claro de que mesmo muito próximos das cidades os índios ainda cultivam seus costumes e tradições sem sofrerem a influência do homem branco pode ser encontrado na região Centro-Serra. A seis quilômetros da cidade de Salto do Jacuí fica a Aldeia Tekoaporã, onde vivem 38 famílias - cerca de 200 pessoas.
Em casas simples, algumas de madeira e outras de pau-a-pique, eles passam seus dias e noites. Nas áreas de matas caçam em busca de comida e nas lavouras cultivam milho, feijão, mandioca, abóbora e batata-doce. Os índios de Salto do Jacuí conhecem pouco do progresso. Algumas casas têm energia elétrica instalada e entre os habitantes existem aqueles que usam telefone celular para se comunicar. Uma escola ajuda a levar educação às crianças e no posto médico são oferecidos os cuidados para a saúde dos moradores.
http://www.gaz.com.br/noticia/80309-viagem_ao_mundo_dos_guarani.html
PIB:Sul
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