Índios cantam e dançam na Capital

Diário da Amazônia - http://www.diariodaamazonia.com.br - 20/05/2010
Representantes de oito etnias indígenas de Rondônia, sul do Amazonas e norte do Mato Grosso participaram durante 15 dias do curso básico de formação para agente ambiental indígena, ministrado pelo coordenador do projeto, Paulo Júnior, na Associação de Defesa Etno-Ambiental Kanindé. Na celebração do encerramento do curso, indígenas de diferentes aldeias e povos pintaram o corpo em comemoração ao que aprenderam.

Segundo Israel Vale, coordenador da entidade envolvida na questão de proteção ambiental e indígena, a intenção era agrupar os povos do corredor Tupi Monde, como os Suruis, Cinta Largas, Zoró, e do corredor Tupi Kawahiva, do povo Jiahui, entre os Estados de Rondônia, Mato Grosso e Amazonas. "A atividade está inserida no Consórcio Garah Itxa, formado pela parceria da equipe de conservação da Amazônia (ACT Brasil), Conservação estratégica, Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB), Metareilá - Associação do Povo Indígena Surui".

O curso tratou de desafios chaves para a conservação do meio ambiente através dos agentes que também servirão como multiplicadores nas aldeias onde vivem. "É comum encontrarmos não-índios praticando o corte ilegal de madeira e explorando outros recursos naturais das terras indígenas, além da invasão das áreas, mas agora vamos estar preparados para combater esses problemas", disse André Tangyp Amandala, do povo Amandala. "Aprendemos a usar o GPS, a bússula, primeiros socorros, legislação ambiental e tudo que pode fazer a diferença, já que nós tínhamos um projeto para fazer a fiscalização, através da nossa associação, e esses conhecimentos serão muito importantes", declarou.

O principal objetivo do curso era ensinar os indígenas a aturem na proteção dos recursos naturais e culturais do território em que vivem, capacitando para desenvolver ações de proteção, vigilância e fiscalização, em parceria com os órgãos competentes, como a Polícia Militar Ambiental. Para o cabo PMA Gomes, eles serão um forte auxílio ao trabalho feito pela polícia.

Cultura

Durante o curso foi realizado o intercâmbio cultural dos participantes, com a troca de apresentações de dança e música, cada uma com a cultura arraigada pelas raízes de seu povo. Bobura Suruí fez parte de um grupo de quatro índios de uma das 22 aldeias da etnia Suruí. "Eu gostei de aprender e respeitar como eles são diferentes de nós em tantas coisas", disse o índio.

No final, cinco arvores - ipês amarelos e brancos e seringueiras - foram plantados nos limites da sede da Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé, localizada na Estrada da Areia Branca, na Capital, onde foi ministrado o curso de agente ambiental indígena.

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PIB:Rondônia

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