Desmatamento nas Terras Indígenas no Brasil

Desmatamento na Amazônia aumenta 358% em um ano | Imagem: Wilson Dias/ Agência Brasil

O Prodes, é o sistema de monitoramento por sensoriamento remoto do INPE que mapeia e quantifica a perda de vegetação nativa em todos os biomas brasileiros. Criado em 1988 para monitorar o desmatamento na Amazônia Legal, expandiu-se em 2018 para o Cerrado e, em 2022, passou a abranger todos os biomas brasileiros.

Os dados, incluindo taxas de desmatamento, valores de incremento e mapeamentos, estão disponíveis na plataforma TerraBrasilis em formatos matriciais e vetoriais, com diferentes classes e camadas representando tipos de vegetação e desmatamento.

A metodologia Prodes detecta mudanças sobre imagens de satélites, de resolução espacial na faixa de 20-30 metros, e pelo menos três bandas  espectrais, onde a supressão é mapeada pela comparação de imagens da mesma estação, em anos diferentes.  O sistema fornece dados anuais sobre a supressão de vegetação primária, definindo "desmatamento" como a remoção total da vegetação em áreas maiores de 1 hectare.  Apenas novos incrementos de supressão são mapeados a cada ano. 

A metodologia utilizada também foi adaptada para atender as especificidades de interpretação de cada bioma. Segundo a página BiomasBR, do INPE, a partir de 2024, imagens do satélite Sentinel-2 e técnicas de classificação semiautomática serão gradualmente implementadas para todos os biomas brasileiros.

Para as análises produzidas pelo Instituto Socioambiental, são utilizadas as informações do arquivo matricial sobre a supressão da vegetação nativa Prodes Brasil com as informações mais recentes. Para fins de análise, todas as informações são convertidas para o formato vetorial e cruzadas através de ferramentas de geoprocessamento com a base espacial de Terras Indígenas compilada pelo ISA, compatível com escala 1:100.000 para a Amazônia Legal e 1:250.000 para o restante do Brasil.

As informações de plotagem para essa base são fruto do monitoramento diário dos Diários Oficiais, bem como de outras publicações oficiais. Para o recorte dos biomas foi utilizado a última revisão dos limites realizada em 2019 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na escala 1:250.000.  Para os cálculos de desmatamento em cada unidade geográfica foi utilizada a projeção cartográfica Sinusoidal -54.

Os dados dos biomas Pantanal, Pampa, Mata Atlântica e Caatinga abrange os anos entre 2001 e 2023. Os dados iniciais abrangem quatros anos (de 2001 a 2004), de 2004 a 2016, os dados foram produzidos bianualmente e a partir de 2017 os dados são anuais. Para elaboração dos gráficos, valores agregados para mais de um ano foram divididos. No caso da Amazônia, optou-se por manter desagregados dados referentes ao desmatamento produzido antes de 2007, quando o programa Prodes utilizava uma metodologia diferente para mapeamento do desmatamento. Portanto, embora a opção por manter os números de 2001 a 2007 para acompanhamento das tendências, eles não refletem necessariamente os meios e padrões utilizados hoje no mapeamento do corte raso de vegetação.

Os mapas apresentados no site apresentam a mesma composição entre metodologias, podendo apresentar pequenos deslocamentos para os anos anteriores a 2008 no bioma Amazônia. Nos demais biomas, foram reproduzidos os intervalos anuais nos quais os mapeamentos foram realizados pelo Prodes.
 


TerraBrasilis https://terrabrasilis.dpi.inpe.br/downloads/, o dado obtido a partir da opção “Amazônia Legal – Prodes(Desmatamento)”,e do arquivo  “Incremento anual do desmatamento-Shapefile (2008/2023)” deve ser citado: 

INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS (INPE). Amazônia Legal-Prodes(Desmatamento): Incremento anual do desmatamento-Shapefile (2008/2023). 2024. Disponível em: https://terrabrasilis.dpi.inpe.br/geonetwork/srv/eng/catalog.search#/metadata/a5220c18-f7fa-4e3e-b39b-feeb3ccc4830 Acesso em : 02 set. 2024.
 



O dados do Sistema de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal do PRODES foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - Compartilha Igual 3.0 Não Adaptada.
Com base no trabalho disponível em www.dpi.inpe.br