A UEM graduou, desde 2001, cinco indígenas de aldeias da região. A pedagoga Joelma Lourenço Pirai foi a primeira, seguida da também pedagoga Rosilda Camargo da Silva, do bacharel em Direito Ivan Bribis Rodrigues e das enfermeiras Silvana Matias e Izane Gabriel.
A conquista desses pioneiros hoje inspira estudantes indígenas que sonham retornar a suas aldeias, diplomados, para trabalhar na área de formação.
Da etnia guarani, Rosilda e Silvana retornaram para a terra indígena Laranjinha, no município de Santa Amélia - no norte pioneiro, próximo a Cornélio Procópio. Por incentivo delas, outros jovens da aldeia ingressaram na universidade. "Foi minha irmã que me incentivou a estudar", conta Valdemir Matias, 24 anos, irmão de Silvana.
Calouro do curso de Direito, Matias é um dos 18 índios que residem em moradia da Assindi. Quer ser advogado para defender seu povo, mas sabe que não será fácil. "Sair da aldeia para a cidade grande é complicado, mas quero muito me formar assim como minha irmã", diz.
O incentivo para suportar a vida longe da aldeia vem de amigos como o primo Ronaldo Alves da Silva, 21, que ingressou na UEM aos 18. "Escolhi Educação Física porque pensava que era só praticar esportes, mas descobri que tem muita teoria também", recorda Silva. "Foi difícil, tanto que reprovei no primeiro ano. Estudei bastante para passar e hoje estou no segundo ano", comemora.
Craque de futebol em sua tribo, Silva conta que, quando pensou em desistir dos estudos, o apoio dos professores do curso o convenceu a mudar de ideia.
"Morar na cidade é difícil para qualquer índio que cresceu na aldeia, mas agora que já fiz amigos na universidade tudo ficou mais fácil." Silva se encaminha para se tornar o primeiro educador físico diplomado da terra indígena Laranjinha.
http://maringa.odiario.com/maringa/noticia/403160/alguns-bons-exemplos/
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