Blog Em Tempo Real - http://www.luisclaudioguedes.com.br/ - 16/05/2011
SÃO JOÃO DAS MISSÕES - Um caminhão-caçamba carregado com brita destruiu, na sexta feira 13, a ponte que liga a comunidade indígena Xakriabá da aldeia Peruaçu/Dizimeiro, em São João das Missões, ao município de Januária, no extremo Norte de Minas Gerais. interdição da travessia dificulta o trânsito de veículos que atendem aos moradores daquela região.
Segundo o motorista do veículo, a caçamba presta serviços de frete e transportava o material para as obras de asfaltamento da rodovia estadual MG-235, que a empresa Empa Serviços de Engenharia executa entre os municípios de Miravânia e Cônego Marinho. A queda da No último mês de fevereiro, lideranças indígenas bloquearam por algumas horas o acesso à rodovia que liga os dois municípios. Os kakriabás protestaram contra as obras de pavimentação da rodovia que liga Cônego Marinho a Miravânia e que têm parte do trajeto em área sob o domínio da etnia. O tráfego de máquinas e caminhões foi suspenso após os índios terem ocupado uma ponte sobre o rio Peruaçu.
Bloqueio
Foi essa mesma ponte ruiu agora sob o peso do caminhão e o motorista, que não teve o nome identificado, alega que não foi informado sobre os problemas relacionados a pavimentação da rodovia que envolve o território Xakriabá e muito menos sobre a fragilidade da ponte. Um outro carro carregado com o mesmo material teria passado pela ponte e carga que provocou o desmoronamento seria a segunda das cinco que estavam sendo transportadas naquele dia.
Os índios denunciaram a situação e as supostas irregularidades cometidas pela empresa responsável pela pavimentação da rodovia, entre elas o descumprimento das condicionantes observadas pelo licenciamento ambiental. Eles reclamam que, até o momento, não foram tomadas medidas para resolver o problema. O Ministério Público Federal instaurou inquérito civil público para apurar as responsabilidades convocando os órgãos responsáveis pela pavimentação da MG-235 a se pronunciar.
Os moradores das comunidades continuam apreensivos, porque mesmo após as intervenções da Funai e do Ministério Público Federal a construtora continua transitar no trecho que passa pelo território xakriabá. A construtora foi impedida de trafegar dentro da reserva e proibida de utilizar veículos pesados, mas o transito de veículos com cargas pesadas a serviço da construtora continua a todo vapor. Os estudos de impacto ambiental no que se refere ao território xakriabá ainda não foram realizados e os índios queixam que já sentem o impacto dos avanços da obra.
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PIB:Leste
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