Após mais de oito horas reunidos com índios da Reserva Estiva, em Viamão, na Região Metropolitana, representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai) foram autorizados a deixar o local, por volta de 1h30min, após a assinatura de um documento com todas as reivindicações da aldeia, afirmou no início da madrugada desta terça-feira o cacique Eloir de Oliveira.
A cúpula da Funai chegou ao local no final da tarde de segunda para o lançamento de um programa do governo federal para a construção de casas na reserva e foi impedida de sair pelos moradores do local.
- Foi uma reunião tranquila. Não houve nenhum problema de pressão por parte dos indígenas. Vamos levar esse acordo a uma comissão em Brasília _ disse o presidente nacional do órgão à Rádio Gaúcha, Márcio Augusto Freitas de Meira.
Já o cacique da aldeia garantiu que a conversa com os 14 funcionários da entidade não se tratou de uma detenção. Conforme ele, a negociação consistia em um "momento histórico".
- Esperamos que cumpram com o acordado. Quero que fique claro que é uma manifestação pacífica. Ninguém brigou com ninguém. A Funai teve a oportunidade de ver a realidade das aldeias guaranis no Estado. Pedimos desculpas pelo ato, mas esperamos mais empenho - disse Eloir ao presidente da Funai após a assinatura do documento.
- As nossas reivindicações não estavam chegando a Brasília, quando mandavam somente alguns representantes. Então temos que aproveitar ao máximo essa oportunidade - acrescentou.
Além da questão da demarcação de terras, considerada prioridade pelos índios, eles exigem melhorias nas habitações e no fortalecimento da cultura, explicou Eloir.
A reserva existe há 13 anos na cidade e possui 7 hectares de extensão, onde moram 164 índios em 32 famílias.
Para tentar avançar nas negociações, dez lideranças guaranis do Estado se reunirão com autoridades da Funai em Brasília na próxima quinta-feira.
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