Espalhada hoje em 16 aldeias na Região Nordeste e convivendo ainda com a opressão latifundiária, a Nação Indígena Potiguara se reunirá, pela primeira vez, a partir de amanhã até o próximo dia 20, na Aldeia de São Francisco, em Baía da Traição, quando estará realizando o ia Encontro Poti
guara de Luta e Resistência.
Promovido pelo Grumin (Grupo de Mulher-Educação Indígena), o encontro tem por objetivo promover a curto e longo prazos, respectivamente, a unidade com os potiguaras e com os outros povos indígenas do Brasil. Vivem atualmente no Nordeste cerca de 41 mil índios que, além da
discriminação, enfrentam também a invasão de suas terras pela cana- de-açúcar. " Com a produção do álcool, hoje temos a opressão do latifúndio
em forma do Programa Alternativo de Energia" , denunciam os potiguaras.
De acordo com o Grumin, a Nação Potiguara já foi muito combativa, ao contrário de hoje, apesar da insegurança que têm com relação ao seu futuro. O Grupo, na verdade, surgiu da necessidade de luta das nações indígenas e visa, sobretudo, combater a destruição, incentivando a reconstrução da cultura, costumes e tradições dos índios brasileiros.
Durante cinco dias, os potiguaras debaterão em Baía da Traição, temas como: direito à terra, Constituição e questões relacionadas a arrenda
mento; saúde como direito de todos; Mulher e educação indígena, e, por último, perspectivas de trabalho e projetos nas áreas de saúde, educação
e agricultura. Ao final, será realizado também um curso prático para orientador didático.
Da programação destaca-se ainda o lançamento oficial da Cartilha de Educação e Conscientização Política e Cultural " A Terra é a Mãe do índio" ,
além da inauguração do Centro Cultural Potiguara. Esse centro, que vem sendo construído em forma de mutirão, será o local de realização do encon
tro.
Por último, os potiguaras tirarão um documento, englobando educação, agricultura e direitos indígenas, que será encaminhado aos órgãos governamentais e não governamentais.
PIB:Nordeste
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