PNUD e Funai contribuem para a conservação da biodiversidade na Terra Indígena Ibirama (SC)

PNUD - http://www.pnud.org.br - 14/10/2014
A Terra Indígena (TI) Ibirama, no estado de Santa Catarina, é uma das áreas de referência do Projeto de Gestão Ambiental de Terras Indígenas (GATI), que tem por objetivo catalisar a consolidação dos territórios indígenas como áreas protegidas essenciais para a conservação da biodiversidade de ecossistemas florestais brasileiros.

O projeto é desenvolvido pelo PNUD e pela FUNAI e financiado pelo Fundo para o Meio Ambiente Mundial (GEF). Para Carlos Castro, coordenador da Unidade de Desenvolvimento Sustentável do PNUD, o GATI é uma referência por ser o primeiro projeto financiado pelo GEF a ser implementado inteiramemente em terras indígenas.

"O projeto busca fortalecer as formas próprias de manejo, uso sustentável e conservação dos recursos naturais, além de promover a inclusão social das comunidades indígenas, fomentando assim a política de gestão ambiental que contribui para a conservação da biodiversidade e para a proteção dos meios de vida e de um desenvolvimento sustentável", afirma Castro.

Os Xokleng da Terra Indígena Ibirama receberam a visita de uma equipe composta por representantes da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do PNUD e da FUNAI, entre os dias 21 e 23/09.


Conhecendo os microprojetos de Ibirama

Um dos focos da visita foi conhecer de perto as experiências de microprojetos para conservação da biodiversidade implementados em Ibirama. O primeiro projeto visitado foi o de Apoio ao Viverismo para Produção de Mudas Nativas desenvolvido pelo indígena Adilson José, da aldeia Toldo. Este microprojeto produz mudas de juçara, canjerana, banana do mato, cedro, figueira, gabiroba e outras. A ação também visa aumentar o número de juçaras nas áreas de floresta da terrra indígena.

Outros dois microprojetos visitados foram: Implantação de Agrofloresta demonstrativa, de responsabilidade de Kuzung Nuclê, e o Agente comunitário para cuidado de SAFs na aldeia Bugio, que é coordenado por Anania Klendô. Este último tem parceria com o COMIN (Conselho de Missão entre Povos Indígenas da Igreja Luterana) e o Instituto Federal Catarinense. Estes microprojetos visam o desenvolvimento sustentável, com geração de renda e garantia da soberania alimentar, além de reflorestamento com árvores nativas e conservação dos ecossistemas.

A equipe também participou do Centenário do Contato, evento que relembrou os 100 anos de integração do povo Xokleng ao mundo dos não-índios. A programação do evento contou com palestras dos anciões, desfiles, encontro de mulheres, debates sobre a história e os problemas enfrentados pelo povo Xokleng, entre outros.

Na ocasião a consultora do PNUD para o Projeto GATI, Rosa Villanueva, falou sobre a contribuição do projeto para a gestão ambiental e territorial indígena da área. Também foi apresentanda a primeira versão do Mapa da Memória Xokleng, elaborado pelo grupo da Cartografia Social. O mapa mostra a situação da terra indígena antes da implantação da Barragem Norte, há mais de 35 anos, que impactou o território Xokleng. Este mapa é o primeiro de uma série que será desenvolvida pelo GATI, em parceria com a Nova Cartografia Social, e é um instrumento de grande valia para a gestão ambiental da Terra Indígena.

Para Fernando Moretti, coordenador de gestão do projeto GATI/PNUD, é evidente a contribuição do projeto para a conservação da biodiversidade na TI. "Os microprojetos são ferramentas muito eficientes para que os próprios indígenas possam manejar as ações práticas como o reflorestamento e o desenvolvimento de Sistemas Agro Florestais (SAFs), que permitem aumentar a cobertura vegetal, ao mesmo tempo que garantem a geração de renda de modo sustentável", disse.

http://www.pnud.org.br/Noticia.aspx?id=3946

PIB:Sul

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