Índios do povo Kaxinawá da Aldeia Nova Olinda, no Acre, estão recebendo, em 2015, uma segunda oportunidade de fortalecimento da agricultura indígena.
A Embrapa, que já havia trabalhado com o povo entre 2011 e 2014, iniciou este ano um novo projeto para buscar a diversificação e melhoria da produção agrícola da comunidade.
As ações para fortalecer os sistemas produtivos têm foco na agrobiodiversidade das aldeias. Elas envolvem o manejo de açaí e outras palmeiras abundantes na terra indígena, a extração de óleos de espécies vegetais, a produção de fitoterápicos a partir de plantas medicinais e a plantação de bambu.
Outro cultivo tradicional do povo Kaxinawá é o mandubim ou, como é mais conhecido, o amendoim. O pesquisador da Embrapa e chefe do projeto, Moacir Haverroth, explica como o trabalho pretende garantir melhor qualidade do produto.
Sonora: "Tem atividades previstas para os cuidados com o mandubim, tanto na parte de cultivo quanto na de avalização das doenças e insetos que atacam. Depois o pós-colheita, que é o processo de armazenagem desse mandubim, porque como ele é armazenado nas próprias casas, acaba tendo alguns problemas de ataques de insetos, de roedores e algumas doenças, porque é uma espécie que também tem problemas por contaminação por fungos".
O pesquisador destaca a disposição do povo Kaxinawá com a atuação dos pesquisadores nessa nova etapa de trabalho.
Sonora: "Renovou esse ânimo em torno do trabalho. Eu estive na terra indígena agora em maio e a gente observa uma grande mobilização de todos os moradores em torno do projeto, das atividades e das perspectivas que esse trabalho acaba trazendo para as aldeias''.
Para o indígena Kaxinawá Aldeni Nunes, além de fortalecer a agricultura na área, o projeto garante a floresta em pé.
Sonora: "Veio fortalecer a nossa produção, dar segurança alimentar, incentivo à continuação da conservação do meio ambiente, da floresta, que a gente vem fazendo desde os nossos ancestrais e o nosso objetivo como indígena é manter a floresta viva".
O projeto conta com profissionais da Embrapa de diversas regiões, de universidades federais, órgãos estaduais e entidades do terceiro setor. Os trabalhos seguem até 2018.
http://radioagencianacional.ebc.com.br/pesquisa-e-inovacao/audio/2015-06/agricultura-indigena-e-fortalecida-no-acre
PIB:Acre
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