Secretário de Saúde é mantido refém por índios no Maranhão

Estado de S. Paulo-São Paulo-SP - 04/05/2005
Cerca de 100 índios da nação guajajara mantêm como refém o secretário de Saúde do município de Arame (cerca de 500 quilômetros da capital São Luís/MA), Wellington Diniz. O motivo é o atraso no repasse de verbas do Programa de Saúde da Família Indígena, do governo federal.

Ele se tornou refém durante reunião ocorrida na tarde de terça-feira (3), quando os índios solicitaram a presença do prefeito João Menezes de Souza, que se encontrava na capital maranhense, e foi representado pelo secretário de Saúde do município.

Os indígenas exigiram melhor atendimento médico às aldeias, a renovação do estoque de medicamentos da farmácia do pólo, além de assistência educacional adequada e melhoria das condições de transporte. Eles alegam que as verbas federais, que já somam R$ 200 mil, estão atrasadas há quatro meses.

O secretário Diniz explicou aos índios que as verbas para a saúde nas aldeias são repassadas diretamente para a Funasa - Fundação Nacional da Saúde, "que não está aplicando os recursos como deveriam".

Apesar das explicações do secretário, os índios guajajara decidiram mantê-lo como refém, na Reserva Araribóia, localizada na área rural do município, até que alguma providência seja tomada. Eles alegam que não libertar o secretário é uma estratégia para pressionar as autoridades a atender às reivindicações das comunidades indígenas.
PIB:Goiás/Maranhão/Tocantins

Áreas Protegidas Relacionadas

  • TI Araribóia
  •  

    As notícias publicadas neste site são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.