A Gazeta (Vitória - ES) - 20/03/1998
A Polícia Federal, que cercava a área das aldeias das etnias Tupiniquim e Guarani, deteve ontem quatro sindicalistas que apoiavam a ocupação de terras em posse da empresa Aracruz Celulose. Eles são diretores de sindicatos, sendo que três afirmaram terem sido chamados pela CUT para prestar apoio aos indígenas, e um afirmou ter se engajada por vontade própria. A PF afirmou que, apesar de já ter tomado depoimento dos detidos, ainda não foi aberto inquérito.
Na área ocupada, o cerco continua. Após muita negociação, um grupo de apoio aos indígenas, formado por religiosos e políticos, conseguiu adentrar o local para levar alimentos. Porém, só está sendo permitida a entrada de pessoas autorizadas pela Funai. Um dos vice-caciques das etnias afirmou que os rádios dos índios foram grampeados e os telefones foram cortados.
Um comissão formada por lideranças indígenas Tupiniquim e Guarani deve seguir hoje para Brasília, onde irá negociar com o ministro da Justiça, Iris Rezende, e representantes da Aracruz. Enquanto não acontece a reunião, está suspensa a autodemarcação. Porém, a ocupação das terras pode ser retomada caso as partes não entrem em acordo.
O Cimi, por sua vez, pretende contestar na PF o auto de infração contra o missionário holandês Winfridus Overbeek.
PIB:Leste
Áreas Protegidas Relacionadas
- TI Tupiniquim
As notícias publicadas neste site são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.