Neste sábado (18), a chama olímpica cruza a linha do Equador e chega ao hemisfério norte, sem sair do País. O destino é a capital Boa Vista (RR), uma das cidades que firmou convênio com o Ministério da Cultura para promover ampla programação cultural. No roteiro, que inclui atividades em terra, água e ar, uma das culturas em destaque é a indígena.
Ao longo do dia, a tocha será conduzida por 155 pessoas e, ao chegar de paraquedas na Comunidade Indígena Campo Alegre, será recebida por 100 arqueiros indígenas e um ritual da dança parixara.
"O estado de Roraima tem uma grande população indígena. É uma cultura muito forte e muito presente no estado. Não poderíamos deixar essa população sem ter o privilégio de recepcionar a tocha", explica Alda Amorim, superintendente de turismo da Fundação de Educação, Turismo, Esporte e Cultura de Boa Vista. "A dança indígena parixara é um festa da colheita, um agradecimento aos Deuses pelo alimento que vão colher", completa.
De etnia Patamona, da região do Uiramutã, o artista plástico Isaías Miliano será um dos condutores da tocha. Isaías se diz "honrado com a tarefa por ser um índio representando o seu povo e suas origens".
Tocha segue de canoa
Outro ponto alto na programação será o percurso em que a tocha seguirá pelo Rio Branco, rumo ao píer da Orla Taumanan, em um comboio de canoas de madeira personalizadas por artistas plásticos. Ana Medina, que dedica sua vida à arte há 16 anos, vai ilustrar em uma das canoas os indígenas e a floresta amazônica. Ela explica que a arte é em homenagem aos indígenas e aos anos em que atua na defesa do povo Yanomami e da floresta amazônica.
A tocha olímpica encerra passagem por Boa Vista em grande estilo, na Praça Fábio Marques Paracat, onde encontrará a fogueira junina do Maior Arraial da Amazônia. No domingo, o comboio segue para Manaus, onde também haverá programação cultural apoiada pelo Ministério da Cultura.
O projeto do ministério da Cultura Celebrações nas Cidades do Revezamento da Tocha Olímpica destina de R$ 192 mil a R$ 250 mil para 18 capitais das cinco regiões brasileiras organizarem eventos que devem, preferencialmente, ser realizados em espaços públicos de grande circulação. As atividades devem divulgar a cultura, a arte e a gastronomia locais.
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PIB:Roraima/Lavrado
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