Comissão tenta garantir permanência das Bases de Proteção Etnoambiental

A Crítica- http://www.acritica.com - 05/11/2016
O possível fechamento das Bapes (Bases de Proteção Etnoambiental) pode colocar em risco a segurança do território e a própria vida dos indígenas que habitam o Vale do Javari, no Oeste do Amazonas. Para refrear a descontinuidade das operações nestas bases, uma comitiva da União Indígenas dos Povos do Vale do Javari (Univaja), associação que lidera as organizações de base indígena, foi enviada a Brasília para tratar da questão.

Além da situação das Bapes, criadas para pacificar os conflitos na Terra Indígena Vale do Javari (TIVJ), o que permitiu o crescimento da população indígena na região, consta na agenda de trabalho, a discussão sobre a gestão e atuação regional da Fundação Nacional do Índios (Funai) no Vale do Javari.

A proposta consiste em debater as políticas públicas e constituir uma linha de ação sobre a relação entre índios contatados e índios isolados, imprescindível para uma atuação de Estado coordenada na região.

O assessor jurídico da Univaja, Eliésio Marubo, também presidente da Liga Amazonense de Apoio ao Portador de Hepatite e Controle Social (Yura-Ná), informou que a reunião que vai tratar da situação das Bapes, atuação da Funai e do apoio à saúde no Vale do Javari, está marcado para o dia 9 (quarta-feira). Enquanto isso, a comitiva liderada pelo presidente da Univaja, Paulo Kenampa, participa da conferência sobre "mudanças climáticas", no Centro de Formação Vicente Cañas, do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), em Luziânia (GO). O encontro discute as temáticas relacionadas às principais causas e também conseqüências das mudanças climáticas na vida das populações nativas.


Exigências


Como forma de amenizar parte dos problemas, a Univaja exige que o Ministério da Justiça promova um debate com os povos indígenas por meio do Conselho Nacional da Política Indigenista (CNPI), para efetivar o fortalecimento de parcerias com organizações indígenas. "Somente com essas parcerias podemos desenvolver as políticas de saúde e proteção indígenas, bem como, fortalecer as Bapes", comentou o assessor jurídico da Univaja, Eliésio Marubo.


Saúde


O apoio à saúde no Vale do Javari também entrará na pauta do dia 9. Segundo Paulo Kenampa, as ações básicas de saúde em todas as aldeias indígenas são realizadas de forma paliativa e ineficiente, faltam medicamentos e materiais médico-hospitalares básicos quase em todas as aldeias no Vale do Javari. Há, ainda, a dificuldade de acesso e de remoção de pacientes graves e a falta de estrutura para a atuação dos agentes de saúde não são os únicos problemas.




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