Bombeiros, brigadistas, voluntários e índios pataxós conseguiram controlar os últimos focos de incêndio nos parques nacionais do Descobrimento e do Monte Pascoal, nos municípios de Prado e Porto Seguro, respectivamente. De acordo com Milena Maia, chefe do Parque Monte Pascoal, num sobrevôo ontem pela manhã, nenhum novo foco foi encontrado.
Cerca de 120 hectares foram devastados entre a Terra Indígena de Barra Velha (conhecida como aldeia-mãe) e o Parque do Monte Pascoal e as aldeias Meio da Mata e Campo do Boi. O fogo atingiu apenas áreas de campo das aldeias, não chegando até as regiões habitadas pelos índios. Existem nove aldeias no entorno do Parque Monte Pascoal, cerca de 1.200 índios vivem na área.
No início da tarde de ontem, seis brigadistas (todos índios) faziam o rescaldo numa área próxima a Barra Velha. "Se não fizermos direito o rescaldo, é só bater um ventinho e acender novamente o fogo", disse o cacique Currupixá, da aldeia Boca da Mata, que, apesar de ser brigadista (fez o curso oferecido pelo Ibama), estava trabalhando como voluntário, assim como os demais 20 índios pataxós que estavam combatendo o fogo do parque.
Trabalhando há 12 dias sem descanso, os índios contaram apenas com a experiência e com uma bomba de água para combater as chamas, não tinha como chegar com veículos ao local, no meio da mata.
Os índios reclamaram da falta de apoio da Fundação Nacional do índio (Funai). "Tivemos que pressionar para que eles alugassem um carro para nos ajudar no combate ao fogo", relata Currupixá.
No Parque Nacional do Descobrimento, onde aproximadamente 200 hectares de mata foram destruídos pelo fogo, a situação já era tranqüila ontem, mas, segundo Alessandro Marcuzi, chefe do parque, ainda serão necessários três dias de trabalho de rescaldo para concluir o serviço.
PIB:Leste do Mato Grosso
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