Inquérito da PF investiga morte de seis garimpeiros em área indígena de RR

G1- http://g1.globo.com - 28/11/2016
A Polícia Federal abriu inquérito para investigar a morte de seis garimpeiros assassinados na região de Homoxi, na Terra Indígena Yanomami, em Roraima.

Segundo a PF, serão apurada as mortes e repercussões relacionadas aos conflitos na terra indígena. A Polícia disse ainda que todas as medidas cabíveis serão adotadas.

De acordo com a Associação dos Povos Indígenas de Roraima Hwenama, os garimpeiros foram mortos no dia 1o de novembro.

Eles teriam sido atacados com flechas durante um confronto com índios Yanomami da comunidade Xereu II. O que gerou o conflito ainda não foi esclarecido.

A morte dos seis homens só foi confirmada no dia 14 de novembro. Os corpos foram resgatados de Homoxi e trazidos para Boa Vista no dia 21 de novembro.

A equipe enviada para o resgate foi composta por integrantes da Fundação Nacional do Índio (Funai), Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), Polícia Federal, Associação dos Povos Yanomami de Roraima, legistas do Instituto de Criminalística do estado e um policial militar.


Identidades dos garimpeiros


Segundo familiares, os seis garimpeiros mortos foram identificados como: Raimundo Oliveira dos Santos, Hudson Fábio Monteiro, Leandro Rodrigues de Oliveira, Rarisson da Silva Pereira, Raimundo da Silva e Arthur Machado Cardoso. Eles atuavam ilegalmente na região.

Francisca Belo, esposa de uma das vítimas, contou à Rede Amazônica em Roraima que os garimpeiros tinham uma boa relação com os índios.

"Eles viviam amigavelmente. Às vezes, o tuxaua almoçava e dormia no mesmo barracão que eles", afirmou Francisca Belo.

Uma amiga de Leandro Rodrigues de Oliveira, afirmou que ele morava em Rio Verde, no sudoeste de Goiás, e estava em Boa Vista há oito meses.

Amiga da família, Jucilene Soares contou ao G1 Goiás que a esposa da vítima, Edna Joana, está em Boa Vista em busca da liberação do corpo.

"Ela está há quase duas semanas, mas ainda não conseguiu a certidão de óbito dele e nem trazer os restos mortais para Rio Verde. Como os corpos foram queimados, os peritos dizem que só restam cinzas e que, sem material suficiente para fazer o DNA, fica mais complicado ter qualquer liberação", contou Jucilene.



http://g1.globo.com/rr/roraima/noticia/2016/11/inquerito-da-pf-investiga-morte-de-seis-garimpeiros-em-area-indigena-de-rr.html
PIB:Roraima/Mata

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