Motoristas acusam indígenas de ataque dentro da TI Waimiri-Atroari

Folha de Boa Vista - http://folhabv.com.br - 10/08/2017
Motoristas que cruzam a BR-174 no trecho dentro da Terra Indígena Waimiri-Atroari, na divisa de Roraima com o Amazonas, denunciam os constantes ataques sofridos no local. Eles relatam que os indígenas utilizam pedras, paus e até mesmo flechas contra os motoristas que trafegam na rodovia. Muitos relatam prejuízos materiais em seus veículos.

O motorista Rafael Rodrigues Coelho, que faz o trajeto Manaus-Boa Vista pelo menos duas vezes por mês, relatou que foi atacado na segunda-feira passada, 7, por volta das 16h, quando saía de Roraima em direção ao estado do Amazonas.

Ele trafegava a uma velocidade de 90 a 100 km/h dentro da TI quando avistou um grupo de crianças indígenas, entre 10 e 12 anos de idade, que estava no meio da estrada, com paus e pedras nas mãos. "Elas acenavam, como se quisessem pedir ajuda, porém quando eu reduzi a velocidade e mudei de pista para desviar, elas começaram a bater no meu carro com os pedaços de pau. Logo adiante havia outra criança, que arremessou uma pedra grande em direção ao para-brisa, que não quebrou por sorte. Fui atacado de todos os lados", contou Rafael.

O motorista relatou que na saída da Terra Indígena havia outro veículo parado, com o para-brisa quebrado e muitos arranhões. Quando parou em um posto de gasolina para verificar as condições do seu veículo, ele encontrou com o motorista do veículo que havia avistado na saída da TI e soube que os danos causados no seu veículo tinham sido em decorrência de ataques de indígenas. "O outro motorista disse que reclamou com o pessoal da reserva sobre o ocorrido, mas eles não fizeram nada e nem demonstraram nenhum interesse em ajudar", afirmou Rafael.

O presidente da Cooperativa dos Transportes Autônomos de Cargas do Norte (Coopertan), João Batista, afirmou que os ataques nessa área são constantes. "Muitos motoristas de caminhões e carros pequenos já sofreram ataques de pedras e até flechada. A maioria sofre prejuízo material. O meu caminhão mesmo foi atacado recentemente e teve o para-brisa quebrado. Tive um prejuízo de quase R$ 1.500,00", relatou João. Segundo o presidente da Cooperativa, eles já entraram em contato com a Fundação Nacional do Índio (Funai) para relatar os incidentes, mas nenhuma providência foi tomada até agora.

FUNAI - A Folha entrou em contato com a Funai nacional por telefone e e-mail. Apesar dos contatos terem sido confirmados, não houve resposta até o fechamento desta matéria. A Folha também tentou contato com a Coordenação da Funai em Roraima, mas sem sucesso também.



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PIB:Roraima/Mata

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