Indígenas que viviam uma situação de conflito há dois meses na cidade de Charrua, no Norte do Rio Grande do Sul, entraram em acordo após reunião realizada na quinta-feira (19). O grupo que foi expulso da reserva do Ligeiro voltou para casa, e será acompanhado pela Polícia Federal por 10 dias.
As aulas chegaram a ser suspensas por várias vezes na cidade, casas e veículos foram incendiados, e um indígena foi morto durante o conflito.
Líderes de ambos os grupos que vivem na reserva tiveram um encontro mediado pela Procuradoria da República, Polícia Federal, Brigada Militar e representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai).
O conflito teve início por conta de uma disputa por poder dentro da reserva. Neste período, mais de 60 casas foram incendiados, carros foram alvejados a tiros entre outros relatos de violência.
Por conta da situação, 400 indígenas foram expulsos da reserva e se abrigaram em um ginásio da cidade de Charrua.
A reunião ocorrida na quinta-feira foi o segundo encontro entre os grupos em conflito. Desta vez, a reunião aconteceu no Ministério Público Federal de Erechim. Foi acordado o grupo afastado poderia retornar ainda na quinta para a reserva.
O acordo foi alcançado após as lideranças combinarem que o conselho que lidera a reserva será composto por pessoas de ambos os grupos.
"Se tentou articular uma composição para que haja um equilíbrio das forças e que as lideranças consigam reconstruir a terra indígena, que com todas as queimadas, e com os trágicos acontecimentos, eles vão tentar reerguer", afirmou a procuradora da República, Letícia Benrdt.
O retorno dos indígenas afastados para a reserva será acompanhado pela Polícia Federal por 10 dias para evitar novos conflitos.
https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/pf-vai-acompanhar-retorno-de-indigenas-a-reserva-apos-conflitos-violentos-no-rs.ghtml
PIB:Sul
Áreas Protegidas Relacionadas
- TI Ligeiro
As notícias publicadas neste site são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.