Na manhã desta quarta-feira(22), índios das etnias Gamella, Kreniê e Tremembé ocuparam os dois sentidos da pista da Avenida Santos Dumont, em São Luís. A ação impediu a passagem de veículos e passageiros precisaram descer dos ônibus e continuar o trajeto a pé.
Os indígenas estão há três semanas acampados na sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), em São Luís, local onde também funciona a Fundação Nacional do Índio (FUNAI). A manifestação reivindica a demarcação de território indígena e a garantia de direitos que, segundo eles, não são assegurados nas aldeias, como saúde e educação.
Os índios Gamela vivem na região da cidade de Viana, a 213 Km de São Luís. Os povos Kreniê são da região de Barra do Corda, a 446 Km da capital maranhense; enquanto os Tremembé se localizam em Raposa, na região metropolitana de São Luís.
Na semana passada, a FUNAI anunciou a criação de um grupo de trabalho para demarcar a região dos gamelas em Viana, alvo de conflitos com latinfundiários. No entanto, de acordo com o indígena kal kamella, ainda existem outras demandas. "A gente exige que haja diversas políticas públicas que vai da aposentadoria, salário maternidade, educação e saúde", afirmou.
O indígena Raimundo Kreniê completa afirmando que faltam serviços básicos nas aldeias, como escolas. "Pedimos por uma educação melhor, pela qualidade de professor e uma escola. Até agora não tivemos decisão pelo secretário. Ele continua dizendo que temos uma questão interna e que a gente não observa essa questão interna. A gente quer mudança, escola de qualidade e uma educação que seja para todo o povo", declarou o indígena.
De longe, políciais militares acompanhavam a manifestação, iniciada antes das 5 horas da manhã. Os índios dizem que permanecem na luta até serem atendidos. A FUNAI ainda não se pronunciou sobre as reinvidicações dos índios.
https://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/indios-protestam-contra-o-descumprimento-de-direitos-no-maranhao.ghtml
PIB:Goiás/Maranhão/Tocantins
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