Avião faz pouso forçado em comunidade indígena

Folha Web folhabv.com.br - 27/02/2018
Na tarde de ontem, 26, um bimotor que partiu da comunidade indígena do Auaris, com destino à Boa Vista, precisou fazer um pouso de emergência na comunidade indígena Waikas, no Norte do Estado, por conta de problemas mecânicos, mais precisamente falha no motor. A aeronave estava com o piloto e uma indígena yanomami de 78 anos, que sofreram leves ferimentos e foram resgatados por um helicóptero que fez a remoção deles até a capital, onde deram entrada no Hospital Geral de Roraima (HGR).

Conforme o diretor da Hutukara Associação Yanomami, Maurício Yekuana, o acidente aconteceu aproximadamente às 14 horas e a aeronave é da empresa Paramazônia, contratada pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) para fins de saúde. "O monomotor decolou e logo o motor começou a falhar, foi quando o piloto começou rapidamente a tentar fazer um pouso forçado", informou.

Ele ainda disse que indígenas da comunidade Waikas relataram que ação do piloto não foi suficiente para concluir o pouso e, na cabeceira da pista, a aeronave caiu. "A diretoria da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) não confirmou a informação da queda. Eu fiquei sabendo do episódio por indígenas da comunidade Waikas, que disseram que o pouso não chegou a ser realizado totalmente e o avião caiu bem na cabeceira da pista", salientou.

Maurício Yekuana concluiu fazendo um apelo à Sesai e à empresa proprietária do monomotor para fins de esclarecimentos. "Quero pedir a diretoria da Sesai e da empresa que pertence a aeronave que esclareçam o que realmente houve, afinal queremos segurança. A gente vive voando nos aviões dessa empresa, precisamos saber o que realmente aconteceu para providências", concluiu.

PARAMAZÔNIA - A direção da empresa Paramazônia procurou a reportagem da Folha para negar que a aeronave Cessna-206 que retornava da área Yanomami para Boa Vista na tarde de ontem, 26, caiu. Frisou que foi um episódio de pouso forçado.

De acordo com a gestora responsável, Helena Lima, o voo durou cerca de trinta minutos e decolou da pista de pouso Olomai, na comunidade Yanomami, pousando logo em seguida na pista da comunidade Waikas, por medida protetiva. "Nossa orientação é que se for detectado algum problema, ou se o piloto não se sentir seguro, deve pousar imediatamente. Nós assumimos recentemente a empresa e a segurança é nossa prioridade", reforçou.

Segundo a gestora, não houve feridos e apenas um indígena que precisava de atendimento médico estava sendo transportado na aeronave e foi levado ao hospital. "A política da empresa é que, em qualquer sinal de anormalidade durante o voo, o piloto deve realizar o pouso e contatar a gestão, que enviará uma equipe de mecânicos especializados. Primamos pela segurança e pela qualidade e estamos reorganizando a empresa", disse.

A gestora ainda informou que a Paramazônia passou por mudança na gestão em novembro do ano passado e que possui uma nova sala de controle para assegurar aos pilotos e passageiros a maior segurança possível com monitoramento e comunicação direta durante os voos.



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PIB:Roraima/Mata

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