Ariel Paliano era líder indígena da comunidade Bonsucesso, que pertence ao território Xokleng. Em março e abril a área já havia sido alvo de ataque a tiros.
A Polícia Federal prendeu o principal suspeito de ter matado o líder indígena Ariel Paliano, de 26 anos. O homicídio ocorreu em 26 de abril, entre os municípios de Itaiópolis, no Norte de Santa Catarina, e José Boiteux, no Vale do Itajaí. O suspeito foi detido quase um mês após o crime, na sexta-feira (24) em Xanxerê, no Oeste.
Paliano era líder indígena da comunidade Bonsucesso, que pertence ao território Xokleng, envolvida na questão do marco temporal. Em março e abril a área já havia sido alvo de ataque a tiros.
Em nota, a Polícia Federal afirmou que até o momento as investigações "não apontam que o homicídio tenha sido motivado pela condição de indígena da vítima, ou mesmo que tenha relação com conflitos fundiários na terra". O inquérito segue em andamento.
O suspeito do homicídio, que não teve a identidade divulgada, foi preso na casa de parentes. A prisão dele é temporária, com validade de 30 dias.
Emboscada e ataques
De acordo com relatos da comunidade, Paliano teria sido vítima de uma emboscada, quando saiu de casa para comprar alimentos. O corpo dele foi encontrado às margens de uma estrada, a cerca de 300 metros da casa em que vivia com a mãe e o padrasto, que é o líder Xokleng da aldeia.
A Articulação dos povos indígenas do Brasil (Apib) afirmou que os outros moradores da casa estavam em Brasília, participando de atos pelos povos indígenas. Pauliano tinha ferimentos na cabeça e teve o corpo parcialmente queimado.
https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2024/05/26/principal-suspeito-de-matar-indigena-em-aldeia-de-sc-e-preso.ghtml
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