Funai - https://www.gov.br - 09/09/2024
A Operação Xapiri Tuíre detectou milhares de focos de incêndio na Terra Indígena (TI) Kayapó, no estado do Pará. Segundo as equipes de fiscalização, o fogo é provocado intencionalmente pelos invasores para facilitar a abertura de áreas para garimpo e obstruir as ações de combate ao ilícito.
Em andamento desde a última sexta-feira (6), a operação conjunta da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Polícia Rodoviária Federal (PRF) já destruiu mais de 20 equipamentos utilizados pelo garimpo ilegal no território. O objetivo é combater a atividade criminosa na região.
De acordo com com dados do Censo 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 6,4 mil indígenas vivem no território, tradicionalmente ocupado pelo povo Kayapó. As atividades do garimpo geram impactos diretos aos indígenas. A atuação dos criminosos polui as águas dos rios, provoca danos ambientais, prejudica a saúde e gera insegurança alimentar às comunidades indígenas.
Até o momento, foram destruídas escavadeiras hidráulicas, motores, veículos e combustíveis utilizados pelos garimpeiros. Além disso, as equipes dos órgãos envolvidos na operação identificaram a presença de pelo menos cinco vilas instaladas pelos criminosos dentro da TI. As estruturas servem como suporte logístico para o garimpo.
A Operação Xapiri Tuíre foi batizada assim em homenagem à liderança Kayapó Tuíre, falecida em 10 de agosto de 2024. Ela se notabilizou pela luta pelos direitos indígenas e proteção do meio ambiente.
Assessoria de Comunicação/Funai
https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2024/funai-ibama-e-prf-detectam-focos-de-incendio-causados-por-garimpeiros-na-terra-indigena-kayapo-no-para
PIB:Sudeste do Pará
Áreas Protegidas Relacionadas
- TI Kayapó
As notícias publicadas neste site são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.