Amazônia perde o equivalente a 350 campos de futebol em madeira por dia
Míriam Leitão
09/10/2024
A área de extração ilegal de madeira na Amazônia aumentou 19% em um ano, passando de 106 mil hectares entre agosto de 2021 e julho de 2022 para 126 mil hectares entre agosto de 2022 e julho de 2023. Esse total equivale à retirada de madeira de 350 campos de futebol por dia, sem autorização dos órgãos ambientais.
Estes dados foram divulgados nesta quarta-feira, durante o "8o Fórum de Soluções em Legalidade Florestal - O Futuro das Florestas na Amazônia", e são do Sistema de Monitoramento da Exploração Madeireira (Simex), gerido por uma rede de organizações de pesquisa ambiental: ICV, Idesam, Imaflora e Imazon.
Os dados abrangem sete estados: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Roraima. No total, foram explorados 366 mil hectares de florestas nativas para fins madeireiros, dos quais 65% de forma legalizada. Mato Grosso lidera a exploração, com 60% da área total, seguido por Pará e Amazonas, cada um com 14%.
A maior parte da extração ilegal (71%) ocorreu em imóveis rurais privados, cujos proprietários estão registrados em cadastros públicos e podem ser responsabilizados. Cerca de 650 imóveis estão envolvidos na extração ilegal, sendo que apenas 20 deles representam quase um terço das atividades ilícitas. Terras Indígenas foram a segunda categoria mais afetada pela extração ilegal (16%), com destaque para as TIs Kaxarari e Tenharim Marmelos, localizadas na área de influência da BR-319.
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Amazônia:Madeira-Exploração
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