Operação destrói 17 pistas de pouso clandestinas na Terra Indígena Yanomami

g1 - https://g1.globo.com - 12/09/2024
Uma ação da operação Catrimani II, coordenada pela Casa de Governo, destruiu mais 17 pistas de pouso clandestinas na Terra Indígena Yanomami, em Roraima. As pistas são usadas por garimpeiros ilegais para acessar o território. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (12).

A ação ocorreu entre os dias 27 de agosto e 5 de setembro. Ela envolveu militares do 6o Batalhão de Engenharia de Construção, agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Força Nacional de Segurança Pública.

As pistas foram inutilizadas por meio de "cortes", valas profundas feita a cada 100 metros e com profundidade de até 2 metros, impedindo que qualquer aeronave realize pouso nos locais. As pistas foram destruídas em ordem de prioridade, conforme planejamento do Ibama.

De acordo com as Forças Armadas, a operação impactou diretamente na logística de apoio ao garimpo ilegal, dificultando o abastecimento de alimentos, combustíveis e materiais utilizados pelos invasores para extração irregular de minérios.

Em julho, a operação destruiu onze pistas de pouso clandestinas na região de Campos Novos, em Iracema, ao Sul de Roraima.

A Operação Catrimani II é uma iniciativa do Ministério da Defesa para combater o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, a maior do Brasil. Ela ocorre de forma conjunta entre órgãos de Segurança Pública, Agências e Forças Armadas, em coordenação com a Casa de Governo de Roraima.

Terra Yanomami
Com 9,6 milhões de hectares, a Terra Yanomami é o maior território indígena do Brasil em extensão territorial e enfrenta uma crise de saúde devido ao avanço do garimpo ilegal, com casos graves de indígenas com malária e desnutrição severa.

A Terra Yanomami está em emergência de saúde desde janeiro de 2023, quando o governo federal começou a criar ações para atender os indígenas, como o envio de profissionais de saúde e cestas básicas. Além de enviar forças de segurança a região para frear a atuação de garimpeiros.

Apesar das atividades de combate ao garimpo na região deflagradas em fevereiro de 2023, os invasores continuam em atividade. O Ministério dos Povos Indígenas estimou em março deste ano que 7 mil garimpeiros permanecem na região.

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PIB:Roraima/Mata

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