A Presidência da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), em Brasília, liberou na tarde de ontem recursos na ordem de mais de R$ 9 milhões destinados a serviços de saúde indígena, prestados pelas conveniadas da FUB (Fundação Universidade de Brasília) e do CIR (Conselho Indígena de Roraima).
Para a FUB foram repassados mais de R$ 4,2 milhões referentes à última parcela do convênio 2005/2006. Com os recursos a FUB vai atualizar o pagamento aos servidores que prestam serviço nos pólos da área indígena yanomami, que estavam sem receber há dois meses.
O presidente do sindicato dos servidores de saúde em área indígena, Rondinele Rodrigues, por telefone disse que, mesmo com o atraso de salários, as comunidades indígenas não ficaram sem assistência de saúde.
Entendemos que as comunidades não podem ficar sem assistência e sabemos da luta do coordenador regional da Funasa em solucionar este problema, por estas razões resolvemos apenas diminuir o número de servidores nos pólos, mas que a partir desta sexta-feira tudo estará normalizado, disse.
Quanto ao CIR, o recurso liberado foi de mais de R$ 4,6 milhões referentes à primeira parcela do convênio 2006/2007, também é destinado à prestação de serviços à saúde indígena.
O coordenador regional da Funasa, Ramiro Teixeira, disse que a liberação destes recursos para as duas conveniadas é fruto dos entendimentos que foram discutidos durante reunião realizada na sexta-feira com a presidência da fundação, em Brasília.
Segundo ele, a presidência nacional atendeu ao pedido dos coordenadores regionais, em especial de Roraima, e do conselho das comunidades indígenas de Roraima que enviou documento neste sentido, e entendeu que deveria haver mudanças na elaboração do calendário do pagamento dos recursos às conveniadas, para que não atrase os repasses e assim melhorar o atendimento à saúde indígena.
Ficou definido que as parcelas do convênio, a partir de agora, serão repassadas semestralmente e não mais trimestralmente, como antes. Essa é uma conquista das conveniadas, dos servidores e principalmente das comunidades indígenas, que agora podem ficar despreocupadas quanto a possíveis paralisações no atendimento à saúde por falta de pagamento aos servidores, ressaltou Ramiro Teixeira.
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