Campo Grande News - 09/05/2007
Apesar de não ter sido registrado incidente, a atmosfera é de tensão na fazenda Madama, em Amambai, que está ocupada desde o fim de semana por índios guarani-caiuá. De acordo com a Polícia Federal, o abate de um boi em uma propriedade vizinha acirrou os ânimos entre os fazendeiros. Ontem, uma equipe da polícia foi até a fazenda, porém não houve acordo com os cerca de 40 indígenas acampados no local.
O grupo reivindica o direito a terra, que seria território indígena, e o esclarecimento do assassinato de Xuretê Lopes, que foi baleada com um tiro no peito durante uma controvertida desocupação da propriedade em janeiro deste ano. O inquérito teve o prazo prorrogado e até o momento não houve indiciados. A PF não manteve equipe no local.
O advogado do proprietário da fazenda, Riad Emilio Saddi, aguarda para hoje a decisão da Justiça Federal de Ponta Porã sobre o pedido de reintegração de posse. No último dia 2, a justiça concedeu ao dono da Madama um interdito proibitório, medida que impede a ocupação da área, "sob pena de pagamento de multa de R$ 500 por cada ato de turbação".
No início do ano, indígenas da aldeia Taquapery, em Coronel Sapucaia, ocuparam a fazenda, que abrigaria um cemitério guarani. Após a expulsão, os índios foram para as margens da MS-289 e no domingo um grupo que estava no acampamento retornou à propriedade rural.
PIB:Mato Grosso do Sul
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- TI Taquaperi
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