Diário de Cuiabá - 06/09/2007
O procurador federal em Mato Grosso, Mário Lúcio Avelar, tentará ainda hoje conversar com o governador Blairo Maggi para saber o que pode ser feito para ajudar a solucionar o problema. Na reunião com os índios, Mário Lúcio informou que o pedido para abertura de inquérito sobre as denúncias de ameaças foi encaminhado ontem à Polícia Federal. Enquanto o inquérito não é aberto, o procurador recomendou calma aos índios.
Em Juína, o prefeito Hilton Campos disse, por telefone, que não há ameaças e desrespeito com os índios. O problema, conforme ele, são as pessoas que insistem na realização do estudo para a reintegração da área na reserva indígena. "Esses membros de ongs são vagabundos. Nós, Juína, temos 73% da nossa área como reserva indígena. Não tem que ter outro estudo. Não aceitamos isso", falou.
Campos afirmou que os moradores da cidade e os fazendeiros vivem pacificamente com os índios e que nunca houve atritos. O prefeito alegou que um estudo foi realizado em 1991 e, na época, verificaram que a área não era dos enawene. Conforme ele, mesmo se houver decisão judicial para a realização do estudo, primeiro será convocada uma audiência pública, porque "ninguém aceitará as coisas goela abaixo".
O prefeito ainda defendeu: "as pessoas têm que tirar da cabeça que as terras são dos índios. Não tem isso. Se for assim, onde vão morar os brancos. E aqueles que vêm de São Paulo, Paraná e outros lugares?".
PIB:Oeste do Mato Grosso
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