O governador Binho Marques, assinou na manhã de ontem, convênio no valor de R$ 60 mil para início das obras do Centro de Cultura da Comunidade Nova Huniki, em Jordão. O espaço servirá para reunir o acervo étnico das comunidades indígenas da região Tarauacá/Envira, onde pelo menos 40% da população é indígena. A assinatura do convênio, que foi realizada na Secretaria de Educação, contou com a presença do prefeito Hilário Melo.
Além da construção do Centro de Cultura, os recursos serão destinados ainda ao apoio a manejo de lagos e produção de artesanato no Jordão. Durante a assinatura do convênio, o governador Binho Marques se comprometeu apoiar esses projetos, que serão distribuídos a trabalhadores e colaboradores do governo até o final de 2008.
Binho Marques pediu que o projeto possa representar melhor a cultura dos povos da região, ajudando assim, na valorização das comunidades. "Este é um trabalho que vem sendo realizado há muitos anos com as comunidades indígenas. Com o centro cultural estaremos preservando o saber tradicional", disse o governador.
O vice-prefeito de Jordão, Siã Kaxinawá, que lidera a implantação de um centro de memória de seu povo, atualmente estimado em mais de 10 mil pessoas, disse que os investimentos feitos pelo governo do Estado são importantes para que novos projetos sejam executados.
Ele lembrou que já existem várias propostas de ações para serem executadas no Centro, por isso, a colaboração do governo é importante, para que esses projetos sejam colocados em prática.
"Temos várias propostas com o centro, que envolverá também a Universidade da Floresta. Certamente, assim que as obras forem concluídas, teremos muitas ações sendo desenvolvidas, visando a valorização de nossa cultura", explicou Siã.
O prefeito Hilário Melo agradeceu a ajuda do governador Binho Marques e disse que as comunidades indígenas durante muito tempo ficaram esquecidas, mas agora o governo do Estado vem investindo na valorização dessa cultura, garantindo melhores condições de vida para as famílias indígenas.
"As comunidades indígenas têm a cultura, o conhecimento e as informações. Mas tudo está na cabeça das pessoas e reuni-las em um espaço é muito importante. Estamos satisfeitos com isso", disse Melo.
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