A comunidade Kaingang de Toldo Chimbangue, em Chapecó, fez festa ontem com foguetes, danças e canto.
Os 376 indígenas comemoraram a portaria do ministro da Justiça, Paulo de Tarso Ramos Ribeiro, que amplia em 975 hectares a atual área de 960 hectares.
A portaria publicada ontem, no Diário Oficial da União, declara posse permanente sobre a área Toldo Chimbangue II. O cacique Idalino Fernandes disse que o Toldo Chimbangue foi criado em 1985 e há quatro anos foi iniciada a luta para ampliar a área.
Eles realizaram vários protestos, com fechamento de estradas e viagens a Brasília. No início do mês, 30 líderes estiveram na Fundação Nacional do Índio (Funai) e no Ministério da Justiça para exigir agilidade nas questões indígenas.
Idalino disse que os índios terão mais espaço para cultivar suas lavouras de milho e feijão, além de ampliar a área de mata. Atualmente, a área é insuficiente para encontrar caça e matéria-prima.
De acordo com o cacique, desde ontem a vila de Sede Trentin, onde será criado o Toldo Chimbangue II, deixa de existir. Mas o líder Kaingang garantiu que vai esperar que as 75 famílias que moram na área sejam indenizadas.
O administrador regional da Funai, Antônio Marini, disse que começará o processo de indenizações. Ele acredita que a Funai deve incluir recursos no Orçamento do próximo ano.
Um levantamento das benfeitorias foi realizado no início de 2001. Entretanto, Marini reconhece que deve ocorrer uma correção de valores. Por se tratar de terra indígena, a União não indeniza terras, apenas as benfeitorias.
Um dos proprietários, Ademir Baggio, disse que os agricultores entraram na Justiça para garantir o pagamento das terras pelo governo do Estado, que permitiu a colonização da região.
Baggio afirmou que os agricultores aceitam sair desde que recebam pelas terras que compraram e valores justos das benfeitorias.
PIB:Sul
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- TI Toldo Chimbangue II
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