O administrador da Funai de Amambaí, responsável pela região de Paranhos, Luiz Américo, disse que ainda não pode informar se o corpo encontrado no final da tarde de ontem (07), preso em galhos no córrego Ypoi, a cerca de 30 quilômetros de Paranhos, pode ser de um dos professores, os primos Olindo e Jenivaldo Vera, índios que estão desaparecidos há uma semana. De acordo com Américo só a resposta da perícia poderá identificar a vítima.
A equipe de polícia composta por dois agentes chegou ao local por volta das 18h ontem. O corpo apresentava características de avançado estado de decomposição.
A Polícia Civil trabalha com a hipótese de que o cadáver pode ser de um dos dois índios guarani caiuá desaparecido há uma semana após confronto com seguranças particulares na fazenda São Luiz, em Paranhos.
Segundo informações de A Gazeta News, o corpo foi leva para o para a perícia em Ponta Porã.
O conflito
Dois índios guaranis da Aldeia Pirajuí, localizada na cidade de Paranhos (MS), na fronteira com o Paraguai, desapareceram no sábado, dia 31.
Segundo informações dos próprios indígenas, os primos Olindo e Jenivaldo Vera - ambos professores - desapareceram após um possível confronto com 'pistoleiros' da Fazenda São Luis, localizada em Paranhos, próximo a divisa com o Paraguai.
Os índios teriam invadido a propriedade alegando ser um local que pertenceu a seus antepassados, o que, segundo os índios, motivou o confronto.
Os proprietários da fazenda, que tem parte de suas terras arrendadas, afirmam nunca ter contratado 'pistoleiros' para expulsar os índios. Também exaltam que a fazenda é de propriedade da família a quatro gerações. Intervenção do Ministério Público Federal no caso
Na última sexta-feira (6), O MPF (Ministério Público Federal) acionou o Exército, Polícias Militar e Civil, Bombeiros e Prefeitura Municipal de Paranhos para ajudar na operação de busca dos Índios que estão desaparecidos desde o último sábado (31).
O MPF em Ponta Porã, por meio do procurador da República Thiago dos Santos Luz, solicitou o apoio do Exército, das Polícias Militar e Civil, do Corpo de Bombeiros e da Prefeitura Municipal de Paranhos para auxiliar nas buscas aos dois indígenas que estão desaparecidos desde sábado (31), após confronto por disputa de terras na zona rural do município. Os ofícios foram expedidos ontem (5) para o Comando Militar do Oeste, Comando Geral da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, Direção Geral da Polícia Civil e Prefeitura Municipal de Paranhos.
O Ministério Público pediu também que recursos logísticos e humanos fiquem à disposição do delegado da Polícia Federal (PF), Renato Rodrigues Gottardi, encarregado das buscas e investigações sobre o caso. Para o MPF, existe a necessidade de comunhão de esforços da sociedade organizada e as diversas esferas do poder público, para resolver o que é considerado um caso de "extrema gravidade". (Colaborou Ítalo Zikemura)
PIB:Mato Grosso do Sul
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