Nota de esclarecimento - Site O Tempo (MG)

Funasa - http://www.funasa.gov.br:8080/siscanot/noticias/not_2010/not.php?cod=138 - 22/02/2010
A Assessoria de Comunicação Social e Educação em Saúde (Ascom) da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), vinculada ao Ministério da Saúde, vem a público prestar os seguintes esclarecimentos a respeito da reportagem publicada no site O Tempo, desta segunda-feira (22), sobre o surto de diarreia que atingiu os indígenas da etnia Maxakali, na aldeia Vila Nova, situada de forma contínua nos municípios de Bertópolis (MG) e Santa Helena de Minas (MG).

Apesar de todas as informações sobre as providências adotadas pela Funasa desde o dia 21 de janeiro, quando o Departamento de Saúde Indígena (Desai) da Funasa foi notificado sobre a doença, terem sido prestadas à repórter de O Tempo, a matéria deixou, estranhamente, de citá-las.

A reportagem informa que a nutricionista da Funasa teria se recusado a comentar a cena de crianças indígenas "comendo a refeição com as mãos sujas". Todos os jornalistas atendidos pela Funasa sabem que nenhuma demanda ou solicitação de informação fica sem resposta. Porém, todas as informações se concentram na Ascom, em Brasília. Portanto, não caberia à nutricionista tecer qualquer tipo de comentário.

O texto também relata que, depois de quase um mês desde a última morte "causada (sic) pela bactéria Escherichia Coli, a Funasa ainda não sabe informar de onde surgiu a doença". A repórter erra ao informar a causa da doença, que ainda é desconhecida já que o resultado oficial sequer foi divulgado. Apesar de também ter deixado bem claro que os exames são realizados pela Funed e que os resultados são divulgados apenas para a Secretaria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde do Estado de Minas Gerais, a matéria insinua que a demora na divulgação dos resultados seria devida à Funasa.

A Funasa adotou todas as medidas que estavam ao seu alcance para evitar a ocorrência de novas mortes o que, graças ao empenho dos profissionais de saúde da instituição foi conseguido. As providências mais imediatas incluíram:

1) Deslocamento do Coordenador de Ações de Saneamento em Terras Indígenas do Dsei/Governador Valadares (MG), Célio César Ferreira e sua equipe, para o Polo-Base Maxakali na cidade de Machacalis (MG);

2) Deslocamento da Unidade Móvel de Controle da Qualidade da Água da URCQA em Belo Horizonte (MG), para o Polo-Base Maxakali;

3) Deslocamento de um laboratorista lotado no Núcleo de Ações descentralizada da Coordenação Regional da Funasa (Core/MG) em Montes Claros (MG), para o Polo-Base Maxakali;

4) Deslocamento de um Supervisor de Saneamento em terras indígenas lotado no Núcleo de Ações descentralizada da Core/MG em Montes Claros MG, para o Polo-Base Maxakali;

5) Deslocamento de um caminhão-pipa, que se encontrava prestando serviços na terra indígena Xakriabá, no município de São João das Missões (MG), para abastecimento suplementar emergencial na terra indígena Maxakali;

6) Limpeza e desinfecção de reservatórios e redes de distribuição de água;

7) Coleta e análises de água;

A solicitação do Desai, junto ao Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), resultou na disponibilização gradativa de 600 cestas básicas, que proporcionará minimamente às crianças egressas dos hospitais, que sofreram com esse surto, um aporte melhor na sua alimentação;

A Funasa está garantindo a contratação temporária de recursos humanos, que serão utilizados na Casai de Governador Valadares e também nas aldeias onde ocorreu o surto. Esses profissionais terão a missão de monitorar as crianças egressas dos hospitais;

A Funasa também, proporcionou a liberação de técnicos de enfermagem, serviços gerais, motoristas e médicos que auxiliam na rotina do hospital em Machacalis, visando desafogar a rede local de saúde, bem como, forneceu no período, alimentação, material médico-hospitalar e medicamentos; além da reorganização da assistência farmacêutica do Polo-Base de Machacalis.

Por fim, é importante salientar que a etnia Maxakali mantém grande parte das suas tradições e costumes relacionada com a água e que a maioria não fala a língua portuguesa. Os Maxakali reportam-se como "povo indígena de trato tranqüilo". Entretanto, nos últimos anos, em razão do contato com o alcoolismo, esse perfil vem mudando drasticamente.

Trata-se de um problema social que deve ser tratado de forma ampla e interinstitucional, e a Saúde, apesar de ter um papel importante nesse contexto, é apenas um dos eixos de promoção para a reversão desse quadro.

Atenciosamente,

Assessoria de Comunicação e Educação em Saúde - Ascom
Fundação Nacional de Saúde - Funasa
Tel. (61)3314-6440 /-6446 /-6439
Fax: (61) 3314-6630
E-mail: nimp@funasa.gov.br
www.twitter.com/funasa
PIB:Leste

Áreas Protegidas Relacionadas

  • TI Maxakali
  •  

    As notícias publicadas neste site são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.