Uma reunião na próxima quarta-feira vai definir se as buscas ao índio Joaquim Xavante, de 72 anos, devem ou não continuar. O desaparecimento ocorreu há quase dois meses e não há pistas sobre o que pode ter ocorrido com ele.
A decisão foi tomada ontem durante reunião entre autoridades ligadas à questão, entre elas representantes do Ministério Público Federal e Estadual, Funai, Polícia Federal, e secretários de Estado, com o governador Blairo Maggi.
O sumiço ocorreu em Primavera do Leste (244 km ao Sul de Cuiabá) no dia 2 de abril e desde então instalou-se um conflito na região.
Índios invadiram propriedades e levaram máquinas e automóveis dos fazendeiros, saquearam fazendas e até extorquiram dinheiro, mediante ameaças.
Ao final da reunião, ficou definido que será formada uma comissão paritária, com representação do Governo do Estado, para buscar uma solução pacífica para o problema. E a primeira providência será promover uma reunião com os líderes indígenas para discutir esses problemas.
O presidente da Funai, Eduardo Almeida, disse que vários fatores devem ser considerados nesse caso para evitar que o conflito ganhe maiores proporções, principalmente porque as informações dão conta de que os índios estariam ingerindo bebida alcoólica em larga escala na aldeia.
Outra exigência dos xavantes é a redemarcação da Reserva Sangradouro, que eles ocupam na região. Há informações, inclusive, de que eles não pretendem devolver as máquinas subtraídas das fazendas, enquanto não for resolvida essa questão.
PIB:Leste do Mato Grosso
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