Um evento cultural que envolveu os rituais do Macucauá, Sairé e Tarubá marcou na manhã deste sábado (24) a participação da comunidade Borari, da vila balneária de Alter do Chão, em Santarém, na programação da IV Semana Estadual dos Povos Indígenas do Pará. As apresentações contaram com a participação de alunos da 1ª série do ensino fundamental e da saraipora do Sairé, Maria Justa, na Escola Indígena Borari em Alter do Chão.
O secretário de Estado de Justiça e Direitos Humanos, Fábio de Melo Filgueiras, ressaltou que o encerramento da Semana dos Povos Indígenas em Alter do Chão foi uma escolha acertada, pela representatividade que o povo Borari tem na região. "Eu, que conheço Alter do Chão nesta oportunidade, estou impressionado com a beleza do lugar e os traços indígenas presentes em todos os lugares", disse o secretário, frisando que os debates realizados devem ajudar a avançar no direcionamento das políticas estaduais para os povos indígenas.
O superintendente da Fundação Curro Velho, Valmir Bispo, também participou da programação. Segundo ele, nos últimos anos os povos indígenas vêm sendo valorizados e reconhecidos pelo governo do Estado, que "quebrou uma tradição negativa de descompromisso com essa população". "Essa é a quarta versão da Semana. Ela tem avanços muito importantes, que refletem algumas conquistas dos povos indígenas do Pará com o apoio dos governos do Estado e federal, e de algumas prefeituras. Desde 2007, a governadora Ana Júlia Carepa procurou abrir um diálogo com a realização da primeira semana, onde quase 40 povos estavam representados. A partir daquele encontro, que estabeleceu uma relação direta com os povos, foi escrita uma carta com 60 itens, e essas solicitações vêm norteando as ações do governo na região", explicou ele.
Reflexão - Um dos objetivos da programação é fazer com que a população conheça e valorize os 57 povos indígenas do Estado. A diretora da 5ª Unidade Regional de Ensino, Graça Pedroso, disse que essa é uma oportunidade de discutir assuntos de interesse dos povos indígenas e levar às comunidades a reflexão sobre seus direitos. "Nesses dois dias o foco será a educação, cultura e tecnologias. Vamos dialogar sobre os avanços, direitos e necessidades para que se faça chegar esses serviços até os povos indígenas", finalizou. Após a composição da mesa oficial e pronunciamentos das autoridades, foram iniciadas as palestras e os debates.
Participaram da solenidade a diretora da escola, Maria Conceição de Sousa; o cacique Rosinaldo Maduro; o administrador de Alter do Chão, Luiz Alberto; o presidente do Conselho Comunitário em exercício, Carlos Damasceno; a presidente do Conselho Indigenista Tapajós Arapiuns, Maria Elísia; Joelma Alencar, que representou a Universidade do Estado do Pará (Uepa); lideranças religiosas e a coordenadora de Proteção dos Direitos do Povos Indígenas e Populações Tradicionais do Estado do Pará, Iza Tapuia. A programação prossegue neste domingo (25), com apresentações culturais, debates e ciclo de palestras.
Durante o evento, a Fundação Curro Velho deve promover discussões com a população Borari de Alter do Chão sobre a reabertura do Museu do Índio na vila. Valmir Bispo destacou que é importante ouvir os anseios da população neste projeto, e informou que o governo encaminhou as peças do antigo museu a Belém para recuperação. O superintendente explicou que a reativação do espaço vai valorizar as características do povo que vive na região do Baixo Amazonas.
Secom
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