Indios Zoró vêm conhecer Cuiabá através do projeto aldeia/Cidade

Diário de Cuiabá-Cuiabá-MT - 01/08/2003
Na próxima segunda-feira chegam à Cuiabá 25 estudantes índios, da nação indígena Zoró. Eles vivem na aldeia Zawã Karej Pangyej localizada no município de Rondolândia-MT, divisa com o Estado de Rondônia. Nesse fim de semana eles enfrentam mais de mil quilômetros para participar das atividades do IX Intercâmbio Aldeia/Cidade, projeto da Secretaria Municipal de Educação (SME). Essa é a segunda etapa do intercâmbio.



No início do mês passado, 25 alunos e cinco professores das escolas municipais de Cuiabá viajaram até Rondolândia e ficaram sete dias na aldeia. Os indígenas ficarão na capital oito dias, eles visitarão escolas, shoppings, aeroporto, clubes e outros locais.



Incluindo o nono intercâmbio, a Secretaria Municipal de Educação já possibilitou 40 escolas levar 225 alunos para conhecer onze nações indígenas de Mato-Grosso e Tocantins. As crianças já visitaram as aldeias Umutina (Barra do Bugre-MT), Bakairi (Paranatinga), Karajá (Ilha do Bananal- Tocantins), Paresi (Tangará da Serra), Xavante (Poxoréo) , Rikbaktsa (Juína), Kaaiaby , Apiaká, Munduruku (Juára), Bororo (Santo Antônio do Leverger) e Zoró (Rondolândia).



Cada intercâmbio possibilita a participação de cinco unidades escolares por nação indígena . Cada escola leva um professor e cinco alunos, ao todo, são 25 crianças por visita. Eles passam uma semana inteira na aldeia convivendo com índios.



As escolas recebem as crianças indígenas e representantes adultos da nação com apresentações culturais, jogos, exposições e muita festa. Os índios passam de três a quatro dias na cidade. Eles vão visitar os principais pontos turísticos da Capital.



Segundo a coordenadora do projeto Aldeia/Cidade, professora Luzia de Lurdes Severo Lins, o intercâmbio indígena permite desmistificar o desconhecido, quebrar preconceitos, criar laços de solidariedade e de respeito pelo diferente.



"Uma vez ouvi uma professora perguntar se índio se alimenta de gente, acredito que esse projeto está permitindo sanar preconceitos como esse. As crianças aprendem que o diferente não é pior ou melhor, nem superior ou inferior, é apenas diferente", afirma a coordenadora
PIB:Rondônia

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