A Oficina de Educação em Saúde e Mobilização Social que está sendo realizada nesta semana pelos técnicos da Assessoria de Comunicação Social e Educação em Saúde (Ascom), do Distrito Sanitário Especial Indígena de Minas Gerais e Espírito Santo (Dsei/MG/ES) e do Polo-Base Machacalis (MG), no município de Bertopólis, a cerca de 800 quiilômetros da capital mineira, continua com aproveitamento de 100% das ações realizadas.
A oficina tem por objetivo elaborar um conjunto de práticas de educação em saúde, comunicação e utilização adequada de práticas sociais disponíveis na reserva em conjunto com a comunidade indígena Maxakali de Vila Nova.
O evento conta com o apoio e a aprovação da população indígena da aldeia Vila Nova. "Estamos registrando tudo também junto, o empenho do nosso povo, da equipe, os trabalhos; para relembrar sempre a importância de se prevenir doenças por meio de ações que já sabemos fazer e estamos aprendendo aqui", diz Marilton Maxakali, cinegrafista indígena responsável pelo trabalho de filmagem e cobertura de todas as ações durante os dias de trabalho.
A confirmação do sucesso da oficina vem de todos os lados com depoimentos diversos, tanto por parte da equipe que trabalha cotidianamente e conhece de perto a realidade da comunidade, como também na versão dos indígenas, onde grande parte deles encontra dificuldade de pronúncia na língua portuguesa.
É o caso de Humberto Maxakali, Agente Indígena de Saneamento (Aisan), e também é um dos tradutores. Ele confirma a satisfação, que seu povo está tendo em aprender o que antes ele tinha dificuldade em ensinar, na qualidade de Aisan. Humberto Maxakali espera que todos da aldeia gravem a mensagem que está levada até eles, na perspectiva de um futuro melhor para os Maxakali. "Quero que Tirrí (índio) possa gravar o que está sendo ensinado pela Funasa, sabendo da importância desses assuntos, porque dessa maneira eles vão respeitar ainda mais o Aisan", comemorou o indígena.
Para Daniel Bispo, supervisor de saneamento na região, colaborar como facilitador nessa oficina é gratificante porque é um repasse de experiência, uma vez que faz parte do seu oficio auxiliar não só no ensinamento de economia de água, mas também, colaborar nas dicas de higiene dos alimentos. "Minha expectativa é que eles adquiram, na prática, a forma correta de manusear e consumir os alimentos, evitando ao máximo o risco de contaminação", enfatizou o profissional.
Os temas foram divididos por dia e, a partir daí, por grupos, formados pelos indígenas com o auxilio de facilitadores da instituição além de um tradutor, todos liderado por um coordenador do dia, eleito pela equipe. Assuntos como; Saneamento Ambiental/Água, Meio Ambiente/Cuidados pessoais do lar e com a comunidade, Alimentação, Comunicação e Mobilização Comunitária, são discutidos na teoria e na prática pelos grupos e posteriormente apresentados para todos inclusive na língua maxakali.
No final de cada dia, a equipe se reúne com o intuito de fazer um balanço dos trabalhos e também conhecer a real aceitação dos indígenas, sempre na busca constante do resultado esperado e para o futuro de plena saúde da aldeia. A oficina prossegue até à próxima sexta(17).
http://www.funasa.gov.br:8080/siscanot/noticias/not_2010/not.php?cod=640
PIB:Leste
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